Pesquisa nacional apura desperdício em obras

Escola de Engenharia participou de levantamento realizado em 12 estados brasileiros

 

L.gif (404 bytes)Constr.JPG (9337 bytes)evantamento realizado pela UFMG e outras 15 universidades brasileiras em 12 estados confirma que os níveis de desperdício na construção civil continuam atingindo níveis preocupantes. Intitulado Alternativas para a Redução do Desperdício de Materiais nos Canteiros de Obras, o estudo foi feito em 69 canteiros de obras em todo o país, cinco deles em Belo Horizonte.
"Para se ter uma idéia, materiais como a argamassa chegam a apresentar 90% de perda", exemplifica o professor Antônio Neves de Carvalho, chefe do departamento de Engenharia de Materiais e da Construção Civil, da Escola de Escola de Engenharia, e coordenador dos trabalhos na UFMG. Os carros de entulho espalhados pela cidade retratam o grande volume de material jogado fora. "É importante registrar que o desperdício não é contabilizado somente pelo que vai no carro de entulho, mas por tudo o que excede o necessário", afirma Antônio de Carvalho. Dessa forma, os prejuízos podem resultar também da utilização de material mais caro do que as reais necessidades de determinada obra.

Causas

Uma das causas do desperdício nas construções está no próprio layout dos canteiros. A forma com que os materiais são dispostos obriga o pedreiro a fazer grandes deslocamentos, provocando perda substancial de tempo. Falhas nas construções também são comuns, confirmando um dos mais graves problemas da cons-trução brasileira: a mão-de-obra desqualificada. "Esse é o fator responsável pela falta de padronização das técnicas de construção", lamenta Antônio Neves de Carvalho.
O engenheiro brasileiro planeja pouco. Isto, segundo constatou a pesquisa, pode ser a principal causa do desperdício. Problemas que poderiam ser detectados na elaboração do projeto são percebidos somente no momento da execução da obra. Como os projetos são pouco detalhados, o trabalho acaba marcado pela improvisação.
O engenheiro Roberto Andrade, da Empa S.A. Serviços de Engenharia, acrescenta um fator a mais na análise das causas do desperdício. Ele observa que nos países desenvolvidos os engenheiros gastam seis meses na elaboração de um projeto cuja construção pode durar apenas 30 dias. "No Brasil acontece o contrário. Trinta dias para concluir o projeto e seis meses para executá-lo", compara Roberto Andrade.

 

UFMG Jovem recebe inscrições

 

T.gif (610 bytes)erminam no próximo dia 15 de fevereiro as inscrições para I UFMG Jovem, que será realizada no campus Pampulha entre 26 e 28 de fevereiro. O evento tem por objetivo difundir conhecimentos de pesquisas desenvolvidas na Universidade entre crianças e adolescentes dos ensinos fundamental e médio.
Cada participante pode fazer até duas das 69 oficinas oferecidas na programação. Além das oficinas, os estudantes terão acesso gratuito a outras 86 atividades, que incluem mostras de ciência, exposições interativas, conferências, mesas-redondas, visitas, apresentação de vídeos, peças teatrais, danças, atividades em microcomputadores, plantões especiais para alunos do ensino médio e observatório. Ao todo, serão oferecidas 3750 vagas.
Para atender a todos os visitantes, os participantes serão divididos em grupos. O primeiro reunirá crianças com idades entre sete e nove anos. O segundo destina-se a adolescentes entre dez e 14 anos. Jovens acima de 15 anos participam do terceiro grupo. Professores dos níveis fundamental e médio e alunos de licenciatura estarão no último segmento.
O evento será realizado no Instituto de Ciências Exatas (Icex) e no Colégio Técnico (Coltec). Os interessados em participar das oficinas e salas de microcomputadores da I UFMG Jovem devem se inscrever na Secretaria Executiva do evento, sala 2035 do ICEx. As demais atividades dispensam inscrição. A taxa é de R$ 10,00 por oficina e dá direito à pasta e certificado de participação.

Informações pelo telefax 499-5818 ou e-mail ufmg.jovem@reitoria.ufmg.br