Aumenta a participação da UFMG
na Academia Brasileira de Ciências
Letícia Orlandi
Academia Brasileira de Ciências (ABC) elegeu quatro professores da UFMG como membros titulares, no dia 30 de novembro. Márcio Gomes Soares, Antônio Sérgio Teixeira Pires, Ricardo Schwartz Schor e Nelson Monteiro Vaz passaram a compor o quadro de 27 cientistas mineiros da Academia, dos quais 22 são da UFMG. A eleição significa que o pesquisador alcançou, no seu âmbito científico, alto grau de competência e qualidade. A grande maioria dos membros da ABC, composta por 483 pesquisadores, é de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas, nos últimos anos, cientistas mineiros têm feito campanha para aumentar a participação de Minas Gerais.
De acordo com o professor Márcio Quintão Moreno, chefe de gabinete do reitor, os mineiros são mais reservados, pelo menos no que diz respeito à propaganda própria. Confirmando essa noção, Nelson Vaz, professor do departamento de Bioquímica e Imunologia, diz, discretamente, que o homenageado é a última pessoa que deve falar do prêmio, mas ressalta a contribuição que o seu departamento dá à ciência brasileira, através de pesquisas que hoje garantem assento na Academia a quatro membros.
O professor Antônio Pires, do departamento de Física, destaca que os profissionais da ciência têm muito pouco reconhecimento no Brasil, e que a eleição para a Academia é importante porque os critérios utilizados para a escolha são estritamente científicos. O professor Ricardo Schor, do mesmo departamento, afirma que ser um membro titular da ABC não significa apenas receber um título, mas muitas vezes participar das formulações da política científica brasileira. Segundo Márcio Gomes Soares, do departamento de Matemática, a UFMG já tem uma participação antiga na ABC. "Este ano foi ainda melhor, dado o crescimento do número de professores entre os titulares da Academia", diz.
De acordo com a professora Conceição Ribeiro da Silva Machado, do departamento de Morfologia e responsável pelo escritório regional da ABC em Belo Horizonte, o número de membros titulares de Minas Gerais não é coerente com a contribuição científica do Estado. "A pós-graduação mineira é considerada uma das melhores do país e existem muitos cientistas qualificados para receber o título. Mas apenas os membros titulares podem indicar novos nomes, e Minas tem poucos titulares", explica Conceição Machado, ressaltando que é preciso trabalhar pelo aumento do número.
O processo de eleição para titular da Academia é muito rigoroso e leva em conta critérios como a formação do candidato, suas publicações, seu papel na qualificação de recursos humanos, sua participação em agências de fomento à pesquisa e o número de citações feitas a seu trabalho em obras científicas. São três etapas, com uma votação geral e duas nas áreas específicas.
De acordo com a professora Conceição Machado, a eleição é um reconhecimento pelo passado do pesquisador e também uma oportunidade de ele continuar agindo em benefício da ciência. Os integrantes podem fazer parte de projetos de iniciação científica, a exemplo do Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas, através do qual pesquisadores recebem alunos de graduação para passar as férias em seus laboratórios. Além disso, a ABC realiza simpósios sobre problemas nacionais e indica membros para participar de comissões que discutem políticas científicas junto ao Governo Federal.
Participação da Universidade na ABC
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