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Nº 1509 - Ano 32
17.11.2005

Ronaldo e Heloísa vencem consulta
com mais de 52% dos votos

s professores Ronaldo Pena e Heloísa Starling venceram a consulta à comuni- dade universitária, realizada nos dias 8 e 9 de novembro, para subsidiar a composição da lista tríplice que definirá os novos reitor e vice-reitor da UFMG. O Colégio Eleitoral se reúne na próxima quinta-feira, dia 24, para definir a lista que será enviada ao Ministério da Educação.

A chapa 02, de Ronaldo e Heloísa, obteve 52,82% dos votos válidos ponderados. Em segundo lugar, ficou a chapa 03, dos candidatos Jacyntho Lins Brandão e Cristina Augustin, com 24,97% e, em terceiro, a chapa 01, dos professores Dirceu Greco e Antônia Vitória, com 22,21%. O resultado eliminou a necessidade de segundo turno.
Felipe Zig

Fila de votação na Reitoria: tecnologia contribuiu para aperfeiçoar

Participaram do processo eleitoral professores, alunos e funcionários técnicos e administrativos. Dos 37.366 eleitores aptos a participarem do processo de escolha dos futuros reitor e vice-reitor da UFMG, 11.688 compareceram às urnas nos dias 8 e 9 de novembro. Os professores foram a categoria com maior índice de participação. Dos 2.432 docentes em condições de votar, compareceram 1.807, atingindo percentual de 74,3%. Em seguida, vieram os funcionários técnicos e administrativos, com índice de participação de 55,98%; e os alunos, com 24,32%.

Diálogo
Horas depois de encerrada a apuração dos votos, o professor Ronaldo Pena, em entrevista à equipe do Centro de Comunicação da Universidade (Cedecom), revelou-se surpreso com a vitória no primeiro turno. “Esperava que a disputa se estendesse a um segundo turno, mas o apoio que recebemos de toda a UFMG foi bastante expressivo e representativo”, disse o professor, ao revelar que esse resultado o deixa feliz e seguro de que poderá fazer um bom trabalho. “O que discutimos no processo eleitoral norteará nossa conduta”, afirmou Ronaldo Pena.

O professor, que nos últimos cinco anos ocupou o cargo de pró-reitor de Planejamento, disse que a sua gestão será pautada pelo diálogo. “Vamos ouvir muito, buscar os consensos, respeitá-los e executar o que traduzir a vontade da UFMG”, prometeu Ronaldo Pena. Para ele, o resultado das urnas sinaliza que a Universidade é uma instituição sadia, que evolui sem ziguezagues e valoriza o seu passado. “Desejo ser digno dessa instituição ao contribuir com meu trabalho”, declarou.

Biografias
Docente da UFMG desde janeiro de 1974, Ronaldo Tadeu Pena é professor titular do departamento de Engenharia Eletrônica. PhD em Engenharia Elétrica pela Universidade do Texas, Austin, chefiou o departamento de Engenharia Eletrônica por três mandatos e dirigiu a Escola de Engenharia (1990-94). Liderou a criação do curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação, tendo sido seu primeiro coordenador (1997-99). Atual pró-reitor de Planejamento da UFMG, é co-responsável pela condução do Projeto Campus 2000 e pela concepção do Projeto Parque Tecnológico de Belo Horizonte.
Heloísa Murgel Starling, lotada no departamento de História da Fafich, é professora da Universidade há 21 anos. Graduada em História pela UFMG e em Jornalismo pela PUC-MG, doutorou-se em Ciência Política pelo Instituto Universitário do Rio de Janeiro (Iuperj). Como estudante, participou ativamente do movimento estudantil, entre 1976 e 1980, e do movimento de mulheres pela Anistia, entre 1978 e 1979. Na década seguinte, engajou-se na organização do movimento docente da UFMG. Seu livro Os senhores das gerais alcançou grande repercussão nos anos finais da ditadura militar. É vice-diretora da Editora UFMG e coordenadora do Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória.

Urnas eletrônicas e apuração ao vivo marcam processo

O processo de consulta à comunidade universitária foi marcado por inovações tecnológicas que consolidaram o sistema eleitoral brasileiro como um dos mais seguros e confiáveis do mundo. Uma delas foi o uso de urnas eletrônicas, cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

As urnas foram distribuídas em 101 pontos de votação espalhados em todas as unidades acadêmicas e administrativas da UFMG. Apenas as unidades localizadas em Diamantina e Montes Claros e a Fazenda de Igapé tiveram votação em cédulas de papel. Os votos de cada um dos segmentos foram depositados em urnas independentes por causa da ponderação dife­renciada: 70% para docentes, 15% para servidores e 15% para estudantes. A votação eletrônica acelerou a apuração, que foi concluída em apenas três horas.

Outra novidade foi o acompanhamento da apuração, ao vivo, pela Internet. A iniciativa, realizada em caráter experimental, foi resultado de parceria entre a Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), Centro de Comunicação (Cedecom) e Diretoria de Tecnologia da Informação. O sistema permitiu ao público conferir, em tempo real, a evolução da contagem dos votos e o mapa de votação de cada seção eleitoral, além de se informar sobre parciais da apuração em toda a UFMG, já com o cálculo da ponderação. A transmissão on-line foi possível graças à inclusão da UFMG no projeto Lavide, da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP).