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Nº 1620 - Ano 34
07.08.2008

UFMG sedia seminário
da ABC

Será realizado nesta segunda-feira, dia 11, o Seminário ABC na UFMG, organizado pela vice-presidência regional Minas Gerais - Centro Oeste (MG-CO) da Academia Brasileira de Ciências (ABC), entidade que reúne os principais cientistas do Brasil. O evento ocorre entre 14h e 17h, no auditório da Face.

O seminário será aberto com uma palestra do professor Jacob Palis, presidente da ABC. Palis, que é professor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), falará sobre os Sistemas caóticos e a presença da incerteza nos modelos matemáticos. A programação será complementada com seis conferências de professores da UFMG afiliados à ABC. Trata-de de jovens pesquisadores – todos com menos de 37 anos – que desenvolvem trabalhos de reconhecida relevância científica (leia quadro abaixo).

O seminário é organizado pelo professor Francisco César de Sá Barreto, vice-presidente da regional MG-CO da ABC. Reitor da UFMG no período 1998-2002 e membro titular da Academia desde 1993, Sá Barreto explica que este tipo de evento é parte de uma estratégia para aproximar a ABC do cotidiano das instituições brasileiras que produzem pesquisa. “Até a criação das vice-presidências regionais da ABC, no ano passado, a entidade tinha uma atividade no Rio de Janeiro que se restringia à posse anual de novos membros, seguida de um seminário científico”, informa o professor.

Autonomia

Esse panorama começou a mudar com o surgimento das regionais – além da MG-CO, a ABC criou as seções de São Paulo, Rio de Janeiro, Norte, Nordeste e Sul. Segundo o professor Sá Barreto, todas têm “ampla autonomia” para organizar eventos científicos com a chancela da ABC. No caso da seção MG-CO, a UFMG sediou, no ano passado, um seminário em homenagem à professora Conceição Machado, do ICB.

A idéia é intensificar a realização de seminários científicos com a presença de acadêmicos e cientistas de ponta. Uma das propostas do professor Sá Barreto é promover encontros abordando objetos de pesquisa dos vencedores do Prêmio Nobel e temas científicos da atualidade.
A Academia Brasileira de Ciências foi fundada em maio de 1916, no Rio de Janeiro, com o nome de Sociedade Brasileira de Sciencias. Seus acadêmicos atuam em dez áreas: Ciências Matemáticas, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências da Terra, Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências da Engenharia e Ciências Humanas.

De nanotubos a emaranhados

Da aplicação dos nanotubos de carbono à fisiopatologia da inflamação, passando por temas complexos da matemática. Essa é uma síntese dos temas que serão apresentados por seis professores da UFMG afiliados à ABC durante o seminário desta segunda-feira, na Face. Confira:

•Ado Jório de Vasconcelos - Departamento de Física do ICEx: Os desafios da ciência e aplicação dos nanotubos de carbono
•Antônio Lúcio Teixeira Junior - Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina: Neuroinflamação: fisiopatologia e biomarcadores
•Bernardo Nunes Borges de Lima - Departamento de Matemática do ICEx: Percolação
•Daniella C. Bartholomeu - Departamento de Parasitologia do ICB: Estudos pós-genômicos com o parasito Trypanosoma cruzi
•Marcos Gonçalves - Departamento de Ciência da Computação do ICEx: Gestão da informação em grandes repositórios de dados multimídia
•Marcelo Terra Cunha - Departamento de Matemática: A morte súbita do emaranhamento e sua geometria