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Nº 1654 - Ano 35
25.5.2009

Copasa inicia nova etapa da modernização
do sistema de saneamento da UFMG

Campus terá quase quatro quilômetros de interligações para captar esgoto

Filipe Chaves
Trecho da Avenida Mendes Pimentel foi interrompido por causa das obras da nova rede de esgoto do campus Pampulha

Patrícia Azevedo

Está em andamento a segunda etapa das obras de adequação das redes de coleta de esgotos do campus Pampulha. Durante os próximos seis meses, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) construirá 3,8 quilômetros de interligações para captar o esgoto das unidades acadêmicas e administrativas da UFMG e levar ao interceptor central, construído na primeira etapa dos trabalhos.

Dessa forma, os 1500 metros cúbicos de esgoto gerados diariamente pelo campus Pampulha serão coletados e encaminhados para a Estação de Tratamento do Onça. “Com as obras, a UFMG passa a fazer parte do projeto de saneamento de Belo Horizonte. Direcionar o esgoto para o devido tratamento pela Copasa é uma grande contribuição para a recuperação do Córrego Engenho Nogueira, do Ribeirão do Onça e, consequentemente, do Rio das Velhas”, explica o engenheiro Fausto Pársia, do Departamento de Manutenção e Operação de Infraestrutura (Demai) da UFMG.

De acordo com o engenheiro, além da avenida Mendes Pimentel, que teve um trecho interrompido para o tráfego de veículos, vários outros pontos do sistema viário do campus serão fechados temporariamente no decorrer das obras. A evolução dos trabalhos poderá ser acompanhada pelo site www.ufmg.br/obrasnocampus/mapa. “A UFMG não é responsável pelo empreendimento, mas acompanha tecnicamente e age como viabilizadora. Procura diminuir os impactos para a comunidade universitária por meio do gerenciamento do tráfego de veículos e de pedestres, da divulgação das interdições e sinalização dos locais de obras”, afirma Pársia.

Investimentos

A adequação das redes de esgotos é fruto de convênio firmado entre a UFMG e Copasa em 2006. Na primeira etapa das obras, foram investidos R$ 1,9 milhão para a implantação do interceptor central, construído em manilha de concreto, com diâmetro de 600 milímetros, em trecho de 1,6 quilômetro ao longo do Córrego Engenho Nogueira.

Para a conclusão da segunda etapa do projeto, a construção das interligações, estão previstos investimentos de R$ 1,4 milhão. “Apesar de atender aos interesses da UFMG, as obras não geram custo para a Universidade”, afirma Fausto. Segundo a Copasa, os recursos são provenientes do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Quando as obras forem finalizadas, a Copasa também assumirá a operação e manutenção do sistema de esgoto. “Tivemos resultados bastante positivos com o novo sistema de abastecimento de água e acreditamos que o mesmo ocorrerá agora com as redes de esgotos”, prevê.

Entre maio de 2005 e abril de 2006, o sistema de abastecimento de água da UFMG passou por obras de modernização, também realizadas pela Copasa. Foram investidos aproximadamente R$ 1 milhão para ajustá-lo à crescente demanda do campus Pampulha. “O sistema antigo não suportaria a vinda dos novos prédios, já estava perto do colapso”, lembra Fausto.

Com os dois sistemas – água e esgoto – implantados, o engenheiro informa que o próximo passo será o atendimento às exigências da Copasa quanto ao lançamento dos chamados “esgotos não-domésticos” (END), gerados em unidades como ICB, Engenharia, Química, Odontologia, entre outras. “O grande desafio para a UFMG será no sentido de evitar ao máximo o lançamento desse tipo de esgoto na rede coletora da Copasa”, prevê.

Estacionamento

Além da locomoção, estacionar veículos pode ficar mais difícil durante a realização das obras. Para minimizar os transtornos, a Pró-Reitoria de Administração, juntamente com o Departamento de Serviços Gerais (DSG), está em negociação com as diretorias das unidades localizadas na área central do campus para aproveitar melhor as vagas ociosas. O objetivo é permitir que novos usuários possam utilizar os estacionamentos privativos da Fafich, Face e ICEx. “A medida ajudará a vencer esse ‘período crítico’ e proporcionará melhor ocupação das vagas também após o término das obras”, prevê Ana Motta, pró-reitora de Administração.

Outra alternativa é a utilização do estacionamento do Mineirão, que está disponível para a comunidade acadêmica da UFMG desde 2006, quando foi assinado convênio com a Administração de Estádios de Minas Gerais (Ademg). São 484 vagas, que podem ser utilizadas gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, com exceção aos dias de jogos, quando funciona somente até as 16h. Para garantir a segurança dos usuários, dois vigilantes circulam pelo estacionamento e um terceiro guarda a passagem de pedestres, localizada nas imediações do Museu de Ciências Morfológicas do ICB.