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Nº 1666 - Ano 35
7.9.2009
A UFMG é a terceira melhor universidade do país, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC) de 2008, divulgado no final do mês passado pelo ministro Fernando Haddad. A instituição obteve desempenho 5 – a maior na escala – e pontuação contínua de 410.
No entanto, a UFMG é a melhor universidade entre aquelas que contemplam todas as áreas do conhecimento, uma vez que as duas instituições que ocupam a primeira e segunda colocações – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – têm sua atividade acadêmica focada na área da saúde.
“Essa classificação nos deixa muito satisfeitos. As duas universidades que estão à nossa frente tiveram três cursos analisados, enquanto nós tivemos 42. Ou seja, a UFMG é a universidade pluralista mais bem classificada em termos de graduação, com qualidade em todos os campos”, comentou o reitor Ronaldo Pena.
Este é o segundo ano em que o índice de qualidade de instituições de ensino superior público e privado é divulgado pelo MEC. Das principais universidades brasileiras, apenas a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) não participam da avaliação, pois não adotam o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), usado no cálculo da nota.
Outras três universidades mineiras aparecem entre as 10 primeiras instituições: federais de Lavras (quarto lugar), do Triângulo Mineiro (sexto) e de Viçosa (sétimo).
Foca Lisboa |
Álvaro Eiras apresenta resultados do MI Dengue, em solenidade com a presença do reitor Ronaldo Pena (o quarto da esquerda para a direita) |
Da Redação
Em cerimônia realizada no dia 31 de agosto, três municípios que implantaram a tecnologia do Monitoramento Inteligente da Dengue (MI Dengue), desenvolvida pela UFMG, foram premiados pelos resultados destacados no controle da dengue.
O MI Dengue é uma ferramenta de monitoramento em tempo real da presença do mosquito vetor da doença, o Aedes aegypti. A UFMG é titular e cotitular do conjunto de patentes da tecnologia, que envolve uma armadilha (Mosquitrap), atraentes específicos (Atraedes) e sistemas informatizados para coleta, transmissão e processamento dos dados.
O município de Três Lagos (MS) recebeu o prêmio de “Cidade Modelo” por ter alcançado índice superior a 70% na execução do programa e índice de captura de mosquitos menor que 30% entre janeiro e maio deste ano. A secretária de Saúde do município, Elenir Neves Carvalho, ressaltou a rapidez com que o MI Dengue permite detectar focos da doença. “Essa tecnologia otimiza ações e recursos. Em tempo muito curto, conseguimos detectar um foco gerador da doença e já traçar ações de combate para eliminá-lo, já que o MI faz tudo em tempo real.” Ela relata que, depois de duas epidemias consecutivas de dengue nos anos de 2006 e 2007, que tiveram cerca de três mil casos registrados, o uso da tecnologia reduziu significativamente o número de infectados pela doença na cidade. Segundo a secretária, 15 casos foram registrados no ano passado e 10 este ano, até o momento.
As cidades de Vitória (ES) e Paraguaçu Paulista (SP) receberam o prêmio “Cidade Vigilante”, pois atingiram desempenho superior a 70% na execução do programa.
Durante a cerimônia, a empresa Ecovec, responsável pela comercialização da tecnologia, fez o repasse simbólico para a UFMG dos royalties de licenciamento de uso do MI Dengue. O professor Álvaro Eiras, do ICB, responsável pela coordenação da equipe que desenvolveu a pesquisa, destacou que “a parceria universidade-empresa foi fundamental para que a tecnologia fosse transferida para a sociedade”.
O MI Dengue está presente em 40 municípios brasileiros e na cidade de Cairns, na Austrália. São mais de 12 mil armadilhas implantadas e mais de cinco milhões de pessoas vivendo nas áreas monitoradas pela ferramenta. De acordo com o professor Álvaro Eiras, a tecnologia poderá ser levada a Cingapura.