Licenciatura Intercultural Indígena

Pedagogia das tribos

No período colonial, os jesuítas fundaram escolas para indígenas. Naquela época, o objetivo era catequizar os povos indígenas, integrando os nativos ao pensamento, à cultura, à moral e ao modo de vida ocidental. Agora, a realidade é bem diferente. A necessidade é promover uma formação voltada para os valores e costumes de cada comunidade indígena. Em outras palavras, o objetivo é valorizar a cultura indígena.

A partir do próximo vestibular, a UFMG passa a oferecer o curso de Licenciatura Intercultural Indígena. Criado a partir da adesão da UFMG ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), o curso vai formar professores para lecionar nas últimas séries dos ensinos Fundamental e Médio de escolas indígenas. A graduação terá quatro áreas de concentração: Línguas, Artes e Literatura; Matemática; Ciências da Natureza e Ciências Sociais e Humanidades. As aulas serão ofertadas na universidade, mas os alunos também deverão ter um período de vivência nas tribos.

Para a professora Lúcia Alvarez que integra a comissão de criação do curso, a licenciatura será voltada para os indígenas, mas ainda não foi aprovado o vestibular exclusivo para eles. O objetivo do curso, segundo ela, é formar pesquisadores que conhecem a realidade das tribos. ”Para as sociedades indígenas a preservação da identidade étnica significa a garantia da própria existência, e a escola passa a ser, nessa perspectiva, espaço positivo de sua reconstrução”.

Vagas ofertadas: 35 vagas, com uma entrada anual no segundo semestre

Avaliação no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), em 2006: curso novo

Mercado de trabalho: Na área de educação em escolas indígenas

Remuneração média inicial: A profissão é recente, mas uma referência são as remunerações dos professores. Em escolas estaduais, o piso salarial em Minas Gerais é de R$ 450,00 para os professores de nível médio e de R$ 660,00 para os de nível superior.

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