Data: 19 de julho

Hora: 20h

Local: Conservatório UFMG

O pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas é um dos grandes nomes do jazz brasileiro. Muito “para lá” do sempre predominante samba jazz, Amaro volta-se para a cultura nordestina e traduz o frevo, o baião, o maracatu, a ciranda ou o maxixe para a linguagem do jazz moderno. Em seu show solo, o artista consolida a sua proposta de cruzar elementos da cultura popular afro-brasileira com o jazz em uma única espiral sonora. No roteiro do concerto constam, por exemplo, a inédita “Dança dos Martelos”, o seu baião autoral “Dona Eni”, além de releituras, como a de “Lamento Sertanejo” (Dominguinhos / Gilberto Gil). O show é um fluxo musical sem fronteiras que conecta com naturalidade o regionalismo brasileiro à vanguarda de pianistas internacionais, a exemplo de Vijay Iyer, Craig Taborn e John Cage.

Amaro Freitas – nascido em Recife, em 1991, é graduado em Produção Fonográfica. Trilha carreira como pianista, compositor, arranjador e diretor musical. Realizou concertos nacionais e internacionais, participando de grandes festivais de jazz e renomadas residências artísticas, como a da Montreux Jazz Academy. O artista participou também do álbum Em Trânsito (2018), de Lenine, e do EP Existe Amor (2020), de Milton Nascimento e Criolo. Em 2021, já consolidado na cena do jazz nacional, lançou seu terceiro e mais recente álbum, Sankofa.

Classificação: Livre
Duração: 1h
Ficha técnica:
Pianista - Amaro Freitas
Técnico de Som - Vinicius Aquino
Manager - Laércio Costa
Tour Manager - Henrique Neves
Produção - 78 Rotações

Data: 20 de julho

Hora: 20h

Local: Centro Cultural UFMG

Conversa com os artistas e os curadores das exposições realizadas no Centro Cultural UFMG para a programação do 55º Festival de Inverno UFMG: Shirley Paes Leme, Lucia Castello Branco, Edgar Kanaykõ e Paula Borghi. A mediação será realizada por Fabrício Fernandino. Serão discutidas emergências e insurgências na perspectiva da estética, da política e da cultura.

Participantes:
Fabrício Fernandino – diretor do Centro Cultural UFMG (2018-2026). Escultor e professor da Escola de Belas Artes da UFMG. Diretor do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (2006-2013). Primeiro diretor de Ação Cultural da UFMG (2002-2006).

Shirley Paes Leme – (Cachoeira Dourada MG/GO) em 1978, graduou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais. Recebeu bolsa de estudos da Fulbright Foundation de 1983 a 1986. Participou de exposições coletivas: XV Bienal de Lausanne, 1993; VII Bienal da Polônia, 1995; “Die Anderen Modernen”, Casa das Culturas do Mundo, Berlim, 1997; II Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 1999; em 2000 expôs na VII Bienal de La Habana, Cuba; Bienal de São Paulo – 50 anos, São Paulo; “Século XX: Arte do Brasil” e Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal. “Côte à Côte – Art Contemporain du Brésil”, Musée d’Art Contemporain de Bourdeaux, França, 2001; I Bienal del aire livre, Caracas, 2005; I Bienal do Fim do Mundo, Ushuaia, Argentina, 2007; X Bienal do Mercosul, 2015; I Bienal Sur, Buenos Aires, Argentina, 2017. Nosso Mundo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil, 2023.

Lucia Castello Branco – escritora, psicanalista, professora permanente do Programa de Pós-graduação em Letras da UFMG e professora visitante do Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura da Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora do CNPq desde 1991 e legente de Maria Gabriela Llansol desde 1992.

Edgar Kanaykõ Xakriabá – mestre em Antropologia pela UFMG, tem atuação livre na área de etnofotografia, considerada como “um meio de registrar aspecto da cultura – a vida de um povo”. Por suas lentes, a fotografia torna-se uma nova “ferramenta de luta”, possibilitando ao espectador ver com outro olhar aquilo que um povo indígena é.

Paula Borghi – curadora e doutoranda bolsista pelo CNPq. Em sua pesquisa, destacam-se projetos que estendem a prática artística à política. Sua atuação curatorial se dedica sobretudo ao diálogo com artistas mulheres. Sua trajetória é marcada por projetos curatoriais destinados a residências artísticas.

Local: Auditório do Centro Cultural UFMG
Duração: 1h30

Data: 21 de julho

Hora: 15h

Local: Espaço do Conhecimento UFMG

Nesta conversa, o escritor Cristino Wapichana falará sobre como a humanidade reverbera infinitos ecos das muitas ancestralidades. “Nestas misturas ancestrais, o povo brasileiro se formou e acrescentou, na cultura, o jeitinho brasileiro macunaímico Andradiano de Mário. Para refletir sobre ser a nação brasileira, é necessário fazer um tour no passado, com escalas e tempo de espera para compreender um Brasil colorido, plural, que só se sustenta como nação, quando todo brasileiro reconhecer os povos indígenas como parte fundamental desta grande nação.”

Cristino Wapichana – escritor, músico, compositor, cineasta e contador de histórias. Patrono da Cadeira 146 da Academia de Letras dos Professores da Cidade de São Paulo. Autor do livro A Boca da Noite, traduzido para o dinamarquês e sueco; vencedor da Estrela de Prata do Prêmio Peter Pan 2018, do Internacional Board on Books for Young People (IBBY); escritor brasileiro escolhido pela Seção IBBY Brasil para figurar a Lista de Honra do IBBY 2018: Prêmio FNLIJ 2017 nas categorias Criança e Melhor Ilustração; Prêmio Jabuti 2017; finalista do Prêmio Jabuti 2019. Selo White Revens – Biblioteca de Munique 2017. Medalha da Paz – Mahatma Gandhi 2014. Livros selecionados para o Clube de leitura da ONU 2021. Selo da Cátedra da Unesco 2022.

Duração: 1h30

Data: 21 de julho

Hora: 16h

Local: Conservatório UFMG

A palestra ministrada por Michele Arroyo (historiadora) e Breno Trindade (antropólogo) vai compartilhar as experiências de cartografia social, as metodologias etnográficas para escuta dos coletivos culturais e o conhecimento das práticas sociais nos espaços urbanos para reconhecimento e salvaguarda dos mesmos como patrimônio cultural. Trará como referência o processo de inventário do samba em BH em elaboração pelo Coletivo de Sambistas Mestre Conga e o Projeto República/UFMG.

Participantes:
Michele Arroyo –  historiadora, mestre e doutora em ciências sociais, atuou como diretora de Patrimônio Cultural da PBH, superintendente do IPHAN-MG e presidente do IEPHA-MG. Como consultora, desenvolve projetos de pesquisa e salvaguarda do patrimônio cultural.

Breno Trindade – sociólogo, mestre e doutor em antropologia. Desenvolve pesquisas junto aos povos e comunidades tradicionais de Minas Gerais.

Duração: 1h30
Local: Conservatório UFMG

Data: 22 de julho

Hora: 17h

Local: Conservatório UFMG

O conhecimento é considerado o quinto elemento da cultura Hip Hop. Ao longo da história, os/as hip hoppers têm se engajado em diversas ações educativas e atividades de pesquisa (artística ou acadêmica). O objetivo da mesa é debater sobre a importância da pesquisa e da produção de conhecimento na cultura Hip Hop e a relevância do Hip Hop no contexto acadêmico, a partir da experiência dos/as participantes.

Participantes:
Larissa Borges – neta de Dona Genoveva Rosa de Amorim e Maria Trindade. Artivista da Cultura Hip Hop, lésbica, mãe solo, doutora em Psicologia. Foi coordenadora do Plano Juventude Viva, liderou a elaboração do Plano Decenal de Políticas para Mulheres do Estado de Minas Gerais e fez parte da equipe da Gabinetona. Atualmente faz atendimentos de psicologia clínica afrocentrada, ministra palestras, cursos e consultorias sobre relações raciais e de gênero.

Clebin Quirino – produtor musical e audiovisual, professor, músico e artista plástico. Atua na cultura hip hop desde 1996, participando de vários grupos e coletivos. Como produtor, fundou a Produto Novo Estúdio Selo, a fim de acessibilizar a produção musical e audiovisual de baixo custo, sobretudo para artistas da periferia. Está à frente do vodcast Bateu no Baile que fala sobre cultura DJ e de vinil, também é apresentador do programa de rádio Hora Rap que vai ao ar na UFMG Educativa FM 104,5.

Monge – fundador da Família de Rua e do Duelo de MCs. Criou o canal no YouTube Griot Urbano e da Batalha Griot. Desde 2011, é MC, produtor e curador do Festival Palco Hip Hop. Além disso, participou dos grupos Saga Contínua e A Corte, integrou a Conspiração Subterrânea Crew e a JotaEfe Crew. Lançou dois EPs: CaminhoDeZion Vol.I e 2Pra1.

Mediador:
Michel Brasil – músico, pesquisador e doutorando na Escola de Música da UFMG. Bacharel em Radialismo e Televisão pela UFMG e mestre em Artes pela UEMG. Atuou em diversos projetos envolvendo música, cultura urbana, educação e comunicação. Seus interesses de pesquisa envolvem temas, como rap, hip hop, black music, funk, produção musical, bateria/percussão, música brasileira e globalização. Também atua como baterista e é um dos produtores do programa Hora Rap, transmitido desde 2014 pela Rádio UFMG Educativa.

Duração: 2h

Data: 22 de julho

Hora: 17h

Local: Espaço do Conhecimento UFMG

Em seu terceiro livro de poemas (Também guardamos pedras aqui), a atriz e poeta Luiza Romão revisita a epopeia clássica Ilíada, a fim de pensar a fundação da literatura ocidental. No poema de abertura, dedicado à Ifigênia, a poeta anuncia: “a literatura ocidental começou com uma guerra/não a neblina das grandes cidades/faz tanto tempo que talvez ouço quase/a literatura ocidental começou com um massacre”. Diante do horror da guerra e da irrefreável virilidade dos gregos, o livro escava e rememora figuras esquecidas de Tróia, assim como os heróis impotentes, as batalhas perdidas e os cantos de resistência. Publicado em 2021, pela Editora Nó, o livro recebeu os prêmios Jabuti de Melhor Livro de Poesia e Melhor Livro do Ano, além de ser semifinalista do Prêmio Oceanos. Nessa ação, a poeta performará alguns poemas do livro e, na sequência, conversará sobre a obra e o seu processo criativo.

Luiza Romão – poeta, atriz, slammer e integrante da Coletiva Palabreria. Autora dos livros Sangria (selo doburro), Também guardamos pedras aqui (Editora Nós; vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Poesia e Melhor Livro do Ano; semifinalista no Prêmio Oceanos) e Nadine (Editora Quelônio). Bacharela em Artes Cênicas (ECA/USP) e mestra em Teoria Literária e Literatura Comparada (FFLCH/USP). Pesquisou voz, poesia e slam.

Mediadora:
Vanessa Cardozo Brandão – professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Graduada em Comunicação Social, Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas e Doutora em Literatura Comparada pela UFF, com dissertação e tese defendidas sobre a obra de José Saramago. Pesquisa nas áreas de Comunicação e Literatura, com os temas pós-modernidade e produção literária, intermidialidade e estética da recepção (novos processos de produção, leitura e textualidades nas redes digitais.

Duração: 1h

Data: 22 de julho

Hora: 18h

Local: Espaço do Conhecimento UFMG

Caderno Espiralar (organizado por Denilson Tourinho)
Publicação artística, viabilizada pela Mazza Edições, apresenta em seu volume inaugural afrografias do Prêmio Leda Maria Martins como forma de homenagem espiralada à poeta, ensaísta, acadêmica e dramaturga Leda Maria Martins, pelos saberes que conceituam o prêmio e suas categorias; a Nilma Lino Gomes, Conceição Evaristo, Cidinha da Silva, Abdias Nascimento e Lélia Gonzalez, pelos saberes que tematizaram cada uma das cinco primeiras edições da premiação; também a Marlene Silva, Zora Santos, Valdineia Soriano, Miguel Arcanjo e Hilton Cobra, por seus fazeres artísticos e culturais; e, especialmente, aos projetos cênicos premiados (2017 a 2021) pela concepção da obra.

Textos: Júlia Santos (orelha), Leda Maria Martins (abertura), Soraya Martins (apresentação), Denilson Tourinho (organização, 1° Prêmio LMM e concepção das categorias), Ana Martins (2° Prêmio LMM), Guilherme Diniz (3° Prêmio LMM), Eneida Barauna (4° Prêmio LMM), Anne Vaz (5° Prêmio LMM), Marcos Alexandre (homenagem à Leda), Rui Moreira (posfácio), Alex Ratts (quarta capa).
Capa: obra de Scheilla Sol inspirada em foto de Elias Gibran, na qual Leda Maria Martins estende uma rosa em direção ao mar durante performance ritual com a Irmandade do Jatobá.
Foto da capa: Pablo Bernardo.
Fotos: Allan Diniz, Carmen Luz, Daniel Protzner, Demétrio Alves, Diogenes Silva Conceição, Fernanda Maia, Gabriel Beltrão, Geraldo Bisneto, Guto Muniz, Isabela Goulart, Letícia Souza, Lucas Brito, Lucas Pinho, Luiz Alves de Lima Júnior, Maria Rita Fonseca, Marilda Cordeiro, Mayara Laila, Netun Lima, Pablo Bernardo, Patrícia Matos, Patrick Arley, Renca Produções, Roberth Michael, Shirlene Assis de Jesus de Andrade, Thiago Sacramento, Valmyr Ferreira, Zaika Santos, Casadecaba e Aqui Também é Meu Quilombo.

Valor: R$55,00

Atuar-produzir (Heloísa Marina)
O livro reflete sobre práticas de produção teatral em articulação com os fazeres criativos. Como atriz e produtora, a autora expõe temas reconhecidos por todas as pessoas que fazem teatro, convidando a refletir sobre a busca cotidiana de se manter ativa no cenário teatral latino-americano.

Heloisa Marina – atriz, pesquisadora, produtora e professora na UFMG.

Valor: 55,00

O que é psicanálise literária? (Ayanne Sobral e Lucia Castello Branco)
As autoras, uma em Caruaru, outra em Belo Horizonte, no auge da pandemia, se encontram remotamente em duas noites e quatro horas de conversa sobre um conceito em processo: a psicanálise literária. Ambas dos campos da literatura e da psicanálise, procuram pensar questões relativas aos dois campos, que envolvem uma posição ética, política e poética diante de um mundo em queda, sonhando um mundo por vir. Daí nasce esse livro cujo título se encerra numa interrogação, e que é atravessado por um desejo de saber e pelo saber em fracasso. Talvez só em numa certa dicção feminina — a de um “feminino de ninguém” — essa psicanálise literária, sempre em trânsito, pudesse, enfim, se escrever.

Ayanne Sobral – Pernambucana. Psicanalista e professora. Formada em psicologia, mestra em psicologia clínica pela Universidade Católica de Pernambuco, doutoranda em literatura e cultura pela Universidade Federal da Bahia, com período sanduíche na Universidade de Richmond, nos Estados Unidos.

Lucia Castello Branco – Nascida no Rio de Janeiro, crescida em Minas Gerais e abrigada na Bahia. Escritora, psicanalista, professora titular da Faculdade de Letras da UFMG e atualmente professora visitante do Instituto de Letras da UFBA. Pesquisadora do CNPq desde 1991.

Valor: R$30,00

Duração: 1h

Data: 22 de julho

Hora: 19h30

Local: Conservatório UFMG

Mulher preta, mãe solo, artista independente, MC e compositora, Colombiana apresenta o show Ressignificando. Em seguida, o rapper Radical Tee faz o show UbatUke tá me chamando, referência ao seu álbum Ubatuke, lançado em 2022, em comemoração aos seus 30 anos de carreira. O evento tem como mestre de cerimônias o artista Monge, fundador da Família de Rua e do Duelo de MCs.

Colombiana – primeira mulher da história a apresentar o Duelo de MCs do Viaduto Santa Tereza, começou sua trajetória no hip hop em 2015 através das batalhas de rima de improviso. Foi finalista da seletiva estadual do Duelo de MCs Nacional em 2020. Nesse ano, foi classificada na seletiva regional do RedBull Francamente e está classificada na Seletiva Freestyle Master Series – FMS. Sua lírica fala de sua identidade, do corre da rua e da vida. Sua caneta potente está presente nas músicas Não Nos Procure no 8 de Março, e Saúde Pras Irmãs, ambas parcerias com Tamara Franklin e outras mulheres MCs de peso da cena. Em 2021, gravou pela primeira vez uma música inteiramente de sua autoria, Fé pro réu.

Radical Tee – o trabalho de Anderson Luiz de Paula (Radical Tee) reflete as influências musicais vindas dos bailes dos anos 1980 e 1990, período em que as festas blacks realizadas nas quadras esportivas espalhadas pelos bairros da cidade reuniam multidões de jovens, oriundos das periferias e das regiões privilegiadas. As referências, portanto, não poderiam ser outras: o caleidoscópio sonoro inclui rap, samba, disco, funk carioca e os demais ritmos que dialogam diretamente com a vida dos jovens moradores de morros, vilas e favelas. Poeta exímio, suas rimas apresentam o olhar de quem vivenciou de perto mazelas, alegrias, contradições, amores e anseios do cotidiano nos guetos, longe dos clichês e desafiando lógicas simplistas e categorias estabelecidas.

Mestre de cerimônias:
Monge – fundador da Família de Rua e do Duelo de MCs. Desde 2011, é MC, produtor e curador do Festival Palco Hip Hop. Participou dos grupos Saga Contínua e A Corte, integrou a Conspiração Subterrânea Crew e a JotaEfe Crew. Lançou dois EPs: CaminhoDeZion Vol.I e 2Pra1.

Classificação etária: 14 anos
Duração: 1h30

Ficha Técnica Show Ressignificando – Colombiana
DJ: Clebinho Quirino
Artista: Colombiana
MC convidado: Novak
Produtora: Nicoly Lima

Ficha técnica Show UbatUke tá me chamando – Radical Tee
Anderson Luiz de Paula (Radical Tee)
Odair JM Gomes (DJ Pooh)
Alexandre Felix Soares (Preto Fi)

Data: 23 de julho

Hora: 20h

Local: Conservatório UFMG

A nova obra intermídia de Ricardo Aleixo baseia-se nos poemas e nas canções que o artista mineiro compôs ao longo das últimas três décadas, sempre a partir do conceito de “resistência ativa”, da qual deriva uma poética indissociável da ética e da tentativa de colocação de questões relacionadas ao conturbado tempo presente. Com participações especiais do violonista Alvimar Liberato e da performer Natália Alves, o espetáculo Revide verso – canções e poemas-panfletos revisita a porção mais ostensivamente política de Aleixo. Entre as canções, destacam-se “Positivismo”, com melodia de Gilvan de Oliveira, que estabelece um paralelo entre a destruição do Arraial de Canudos e a fundação de Belo Horizonte, no ano de 1897 (“A República acabou/ com Canudos, Belo Monte,/ e para não dar na vista/ inventou Belo Horizonte”) e “Aconteceu maravia”, texto e música de Aleixo dedicada ao pensador Ailton Krenak.

Ricardo Aleixo – artista intermídia e pesquisador de literaturas, outras artes e mídias, recebeu da UFMG, em 2021, o título de Notório Saber, equivalente ao grau de doutor. Tem 18 livros publicados, entre os quais se destacam: Modelos vivos (Ed. Crisálida, 2010), Extraquadro (Ed. Impressões de Minas/LIRA, 2021 – um dos 5 finalistas do Prêmio Jabuti 2022), Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite (Todavia, 2022) e Campo Alegre (Conceito Editorial, col. BH – A Cidade de Cada Um, 2022). Suas obras mesclam poesia, prosa ficcional, filosofia, etnopoética, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos. Já fez performances em quase todos os estados brasileiros e nos seguintes países: Argentina, Alemanha, Portugal, EUA, Espanha, México, França, Suíça e Angola. Tem obras expostas nas mostras permanentes Rua da Língua e Falares (Museu da Língua Portuguesa/SP).

Duração: 1h

Data: 24 de julho

Hora: 19h

Local: Centro Cultural UFMG

O ator, músico e congadeiro Maurício Tizumba retoma a sonoridade do congado com composições inéditas de Paulo César Pinheiro, em performance que traça um panorama da fabulosa história da vida de Chico, rei de uma tribo do Congo que é trazido como escravo para o Brasil e se torna herói. Na apresentação, usa-se a congada e o bailado dramático, tradicional em vários estados brasileiros, principalmente, em Minas Gerais. Esses rituais são dedicados à Nossa Senhora do Rosário, protetora tradicional dos negros no Brasil, e vários santos negros, especialmente São Benedito e Santa Efigênia. Galanga Chico Rei revê a história tradicional do nosso país e da nossa cultura sob o prisma da identidade afro-brasileira.

Maurício Tizumba – ator, compositor, cantor, multi-instrumentista, diretor musical e capitão de congado. Estabeleceu em sua trajetória artística (que começou quando ainda era criança, na extinta TV Itacolomi) diálogo entre diversas linguagens, principalmente a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira e afro-mineira. Formado pelo Teatro Universitário da UFMG, transitou pelo cinema, pela TV e pelo teatro, atuando em 28 espetáculos, sendo 25 musicais.

Local: Auditório do Centro Cultural UFMG
Duração: 1h

Data: 25 de julho

Hora: 14h30

Local: Espaço do Conhecimento UFMG

Rui Moreira, atual diretor de de Artes Cênicas da Fundação Nacional de Artes (Funarte), discorre sobre as ações da Fundação na estruturação da política nacional para as artes, um conjunto de políticas públicas que buscam assegurar a fruição da cultura das artes no país.

Rui Moreira – bailarino, coreógrafo e professor de dança graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolve investigações sobre a cena, tendo como principal base o diálogo envolvendo corpos, cultivos e memórias. Atuou como bailarino e coreógrafo em conhecidas companhias brasileiras. Atualmente está como diretor de Artes Cênicas da Funarte.

Duração: 45 min

Data: 25 de julho

Hora: 15h15

Local: Espaço do Conhecimento UFMG

O livro homenageia, a partir do seu título, a obra seminal de Celso Furtado, Criatividade e dependência na civilização industrial, publicada em 1978. A premissa aqui é partir do pensamento de Furtado para retomar a criatividade como insumo do desenvolvimento brasileiro no século XXI. Em nosso contexto de grave crise política, social, econômica, ambiental e cultural, a economia criativa pode e deve disputar espaço e reconhecimento, entre as políticas públicas, para liderar a gestão competente dos recursos da cultura e da criatividade em favor do bem comum e do bem viver. É nessa medida que o presente livro oferece ao público subsídios originais capazes de despertar interesses diversos nos mais variados agentes: gestores públicos, pesquisadores, profissionais das redes criativas, políticos, alunos, professores, empreendedores, enfim, todos aqueles compromissados com a construção do desenvolvimento sustentável baseado no envolvimento das populações em seus territórios para a superação da desigualdade, da violência e do autoritarismo.

Cláudia Leitão – mestra em Direito na USP e doutora em Sociologia pela Sorbonne (Paris V). Foi Secretária da Cultura do Estado do Ceará (2003-2006), Secretária da Economia Criativa do MinC (2011 a 2013), dirigiu o Observatório de Fortaleza do Instituto de Planejamento da Prefeitura de Fortaleza – IPLANFOR (2017-2020) e foi presidente da Câmara Setorial de Economia Criativa na Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE (2019-2020). É membro do Conselho Consultivo da empresa portuguesa Territórios Criativos (2020); consultora associada do Instituto Alvorada Brasil; consultora ad hoc em Economia Criativa para a Organização Mundial do Comércio – OMC e para a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD. É consultora em Economia Criativa para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, para governos federal, estaduais e municipais, empresas privadas e outras organizações. É sócia do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento; professora do Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos da Universidade Estadual do Ceará e Sócia da Tempo de Hermes Projetos Criativos.

Valor: R$50,00

Duração: 45 min

Data: 25 de julho

Hora: 19h

Local: Faculdade Filosofia e Ciências Humanas (Fafich)

Peças Sonoras estabelece relações entre os objetos sonoros do O Grivo com a coreógrafa e dançarina Thembi Rosa. Essa pesquisa vem sendo realizada em parceria desde 2000 em diferentes configurações: performances, instalações sonoras coreográficas e vídeos. Nesta intervenção, sons, objetos e movimentos se entrelaçam, sem hierarquias. Uma mistura composta por partituras abertas, improvisação e escuta, a cada instante.

O Grivo – Em fins de 1990, O Grivo realizou seu primeiro concerto em Belo Horizonte, iniciando suas pesquisas no campo da “Música Nova”. Interessado na expansão do seu universo sonoro e na descoberta de maneiras diferentes de organizar suas improvisações, o grupo vem desenvolvendo sua linguagem musical. Em função da busca por “novos” sons e por possibilidades diferentes de orquestração e montagem, O Grivo trabalha com a pesquisa de fontes sonoras acústicas e eletrônicas, com a construção de “máquinas e mecanismos sonoros”, e com a utilização, não convencional, de instrumentos musicais tradicionais. Em consequência dessa pesquisa, que leva ao contato os objetos e os materiais mais diversos, cresce a importância das informações visuais e da sua organização nas montagens do grupo. A isso se soma um diálogo, também ininterrupto, com o cinema, o vídeo, o teatro e a dança. Nas instalações/concertos, o espaço de fronteira e a interseção entre as informações visuais e sonoras é o lugar onde se constrói nossa experiência de conceitos, como textura, organização espacial, sobreposição, perspectiva, densidade, velocidade, repetição, fragmentação etc. A proposição de um estado de curiosidade e disposição contemplativa para a escuta e a discussão das relações dos sons com o espaço são as ideias principais sobre as quais se apoiam os trabalhos do grupo. Seus trabalhos foram apresentados em MOMA SF; 28ª Bienal de SP; Sesc SP; Galeria Nara Roesler; MAR (RJ); Multiplicidade; Gijón, na Espanha; entre outros.

Thembi Rosa – artista, pesquisadora e professora certificada em Gyrotonic e Gyrokinesis. Doutora em Artes pela EBA/UFMG, mestre em dança pelo PPG–Dança da UFBA e graduada em Letras pela UFMG. Integra a CasaManga_BH, o Dança Multiplex e o Grupo de Investigação Performance & Cognição do ICNOVA, em Lisboa. Sua pesquisa relaciona-se à investigação com interfaces e arquivos digitais, intervenções urbanas e a interação entre movimentos, sons e imagens. Produziu diversas residências artísticas no Brasil e no exterior: Parquear Bando (em várias cidades do Brasil, México, Uruguai e Portugal), Impermanence (2022/2023 – Paris, Fortaleza, BH), Motion Bank Lab Brazil (2019), CCL 7, Choreographic Coding Lab (2016), Interferencias (2013), entre outras.

Local: 1º andar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), em frente ao auditório Sônia Viegas
Duração: 30 min

Data: 26 de julho

Hora: 13h

Local: Praça de Serviços da UFMG

O que podemos aprender com as formigas sobre a diversidade da Vida e a história dos povos indígenas nos mundos? Espiral da Morte aborda e intercruza dois fenômenos biológicos e dois fenômenos socioculturais no Brasil. A estreia da performance aconteceu em 2022 na 8ª edição do MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, com curadoria de @dodileal. Já foi apresentada no Center for Art, Research and Alliances, em Nova York (EUA) e no The Power Plant Contemporary Art Gallery, em Toronto (CA). A segunda vez que foi apresentada no Brasil foi em 2022, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, durante a abertura de sua individual: Aqui Estamos.

Uýra – indígena da Amazônia Central. Bióloga e mestra em Ecologia, atua como artista visual, arte educadora e pesquisadora. Mora em Manaus, território industrial no meio da Floresta, onde se transforma para viver uma árvore que anda. Destaque da 34ª Bienal de SP, Bienal Manifesta! e vencedora do Prêmio PIPA 2022. Utiliza o corpo como suporte para narrar histórias de diferentes Naturezas via fotoperformance, performance e instalações. A partir da paisagem Cidade-Floresta, se interessa pelos sistemas vivos e suas violações, com ênfase na diversidade, resistência e memória da diáspora indígena. Possui obras em acervos de instituições, como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de Los Angeles (EUA) e Museu de Arte Contemporânea Castello Di Rivolli (Itália).

Duração: 40 min

Data: 26 de julho

Hora: 19h

Local: Faculdade Filosofia e Ciências Humanas (Fafich)

Um ato performático interativo, inspirado na vibração da pele do tambor como reverberação da vida.

Rui Moreira – bailarino, coreógrafo e professor de dança, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul . Desenvolve investigações sobre a cena, tendo como principal base o diálogo envolvendo corpos, cultivos e memórias. Atuou como bailarino e coreógrafo em conhecidas companhias brasileiras. Atualmente está como diretor do Departamento de Artes Cênicas da Funarte.

Local: 1º andar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), em frente ao auditório Sônia Viegas
Duração: 20 min

Data: 26 de julho

Hora: 19h

Local: Centro Cultural UFMG

O objetivo da mostra é apresentar os resultados e as produções das oficinas (A)bordar a escrita, com leitura de cartas; Edição de poesia em tipografia, com exposição das impressões; e Oficina de Zine: afeto e resistência, com troca de zines. Além disso, será possível o compartilhamento da experiência vivenciada por ministrantes, participantes e público. As produções artísticas poderão ser visitadas gratuitamente pelo público e estarão expostas nos seguintes locais: Espaço Experimentação da Imagem, Tipografia e Ateliê do Centro Cultural UFMG.

Duração: 1h30

Data: 26 de julho

Hora: 20h

Local: Centro Cultural UFMG

O Jazz a Três é formado pelos músicos Anderson Araújo, Ivan Resende e Luiz Moreira. O trio iniciou suas atividades em 2008, priorizando um repertório de standards do jazz e da música brasileira no intuito de criar uma aproximação do gênero com o público, popularizando a música instrumental. Um standard é um tema ou música de jazz amplamente conhecido e que, por isso, se torna parte do repertório básico de muitos jazzistas.

Ivan Resende – guitarrista, músico profissional, integrou bandas de rock e blues. Atualmente dedica-se à música instrumental e ao jazz.

Anderson Araújo – baixista e arranjador, possui uma bagagem musical construída por vários estilos. Tem em seu currículo participações em grupos, orquestras e bandas de diferentes vertentes musicais que transitam do erudito ao popular.

Luiz Moreira – baterista, músico, luthier e professor. Atua como profissional há mais de duas décadas. Formou-se na Bituca (Universidade de Música Popular), na cidade de Barbacena/MG. Atualmente segue dando continuidade aos seus estudos com o baterista Lincoln Cheib.

Local: Pátio do Centro Cultural UFMG
Duração: 1h30

Data: 27 de julho

Hora: 19h

Local: Conservatório UFMG

O samba de Belo Horizonte está sendo registrado como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte, através do Inventário Participativo realizado pelo Coletivo de Sambistas Mestre Conga e o Projeto República. Para celebrar o início desse processo, o Coletivo propõe uma roda com convidados ilustres do samba de nossa cidade e com a apresentação de sambistas, como Doris, Paizinho do Cavaco, Lulu do Império, Aninha Felipe, Fabinho do Terreiro e Marina Gomes. No repertório, composições autorais e clássicos do samba, todos acompanhados por banda e pelo coro da Velha Guarda da Escola de Samba Unidos dos Guaranys (da Pedreira Prado Lopes). Será um momento de reverência ao samba e à sua história. A proposta de reconhecer o samba da capital mineira como Patrimônio Cultural Imaterial surgiu a partir da iniciativa de sambistas e pesquisadores do Coletivo Mestre Conga que, durante uma live, em 5 de abril de 2021, com cerca de 300 pessoas ao vivo, lançaram a ideia e começaram a construí-la.  Neste ano de 2023 iniciaram-se os trabalhos do Inventário Participativo, visando a construção de um dossiê que será apresentado ao Conselho Deliberativo do  Patrimônio Cultural de Belo Horizonte para o reconhecimento do samba como Patrimônio Imaterial.

Coletivo Mestre Conga –  reúne sambistas de Belo Horizonte, com membros de todas as regionais da cidade: dirigentes de escolas de samba e blocos, grupos de sambas, músicos, pesquisadores e donos de casas de samba. O Coletivo está realizando o Inventário Participativo para registro do samba como Patrimônio Cultural Imaterial de Belo Horizonte, junto ao Projeto República, com parceria da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura de BH.

Ficha técnica
Banda: Evair Rabelo (banjo), Beto 7 Cordas (violão de sete cordas), Melão (violão de seis cordas), Rudney (cavaquinho), Deisiane Alves (Tantan), Mariana Martins Santos Passos (Surdo), Solange Caetano (pandeiro), Mestre Linguinha e João Batera (Percussão Geral).

Intérpretes: Aninha Felipe, Doris, Marina Gomes, Fabinho do Terreiro, Waltinho Tradicionalmente, Raimundo do Pandeiro, Seu Domingos, Pirulito da Vila, Lulu do Império, Cabral, Kaka Moncler, Paizinho do Cavaco.

Coro da Velha Guarda da Escola de Samba Unidos dos Guaranys: Ignez Nassif, Salete Rocha, Eliana Renout, Vera Ferreira, Rosane Iglesias, Leila de JesusAdemar Sebastião, Afonso Bicalho e Mário César.

Produção: Coletivo Mestre Conga

Duração: 2h