Comentando a decisão do Ministério do Planejamento que liberou 2.500 vagas para contratação de docentes nas instituições federais de ensino superior, a reitora da UFMG Ana Lúcia Gazzola, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), disse que a decisão "é muito bem vinda, embora esteja claro para o governo e para a Andifes que essas vagas, mesmo na totalidade prevista até 2006, (6 mil vagas) são insuficientes para a reposição de nossos quadros e para garantir a expansão do sistema". Contudo, ela ressaltou que "em dois anos o governo Lula colocou mais vagas em concurso do que o governo anterior o fez em oito anos. No entanto - observou - processos como o PDV (Programa de Demissão Voluntária) e a própria reforma da previdência diminuíram drasticamente nossos quadros, o que se agrava mais ainda pelo fato de que o sistema federal de educação, apesar de tudo cresceu em número de cursos de graduação e pós, em educação a distância, em pesquisa científica e em atividades de extensão". Ana Lúcia Gazzola acrescentou que outra boa noticia foi a decisão do governo que, "atendendo solicitação da Andifes, definiu que as 500 vagas previstas para novas universidades e na implantação de novos campi serão adicionais às atuais 6 mil alocadas para as instituições que compõem a Andifes". A reitora informou também que já foi feita ao presidente da República pedido para a liberação automática de vagas para concurso nos casos de exonerações Gazzola, disse ser "importante deixar claro que atingimos um patamar de reposição parcial e precisamos de pelo menos mais 3 mil vagas para completar o processo de reposição dos quadros docentes das Ifes". Segundo a reitora, "para que o projeto da Reforma Universitária realize de fato a meta nele expressa de expansão do sistema federal, capacitando-o para ofertar 40% das vagas em educação superior no país, serão necessárias vagas adicionais de docentes para os quadros das Ifes".