Durante os dias 8 e 9 de abril, o Centro de Investigação em Esclerose Múltipla do Hospital das Clínicas– CIEM/UFMG promove no Ouro Minas Palace Hotel o Simpósio sobre esclerose múltipla: saúde e cidadania. O Simpósio abordará temas como a discussão sobre a distribuição dos medicamentos excepcionais, a garantia do direito ao tratamento, ações da associação de portadores de esclerose múltipla de BH, tratamento e pesquisa, entre outros. Entre os palestrantes estão o médico José Maria Borges, o deputado Ricardo Duarte, da Comissão de Saúde da Assembléia, e Luiz Fernando Nogueira, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As inscrições podem ser feitas no próprio hotel, no dia do simpósio. A entrada será gratuita e é a aberta a médicos, estudantes, doentes, familiares, entre outros. Inaugurado em março de 2000, o Centro de Investigação em Escerose Múltipla do Hospital das Clínicas da UFMG é pioneiro no Brasil em pesquisa básica e clínica nessa patologia. Seu coordenador é o professor Marco Aurélio Lanna. Doença atinge principalmente mulheres Embora não atinja exclusivamente um determinado sexo, sua ocorrência é significativamente maior entre as mulheres (cerca de 70% dos portadores são do sexo feminino). Por ser uma doença de pessoas jovens (inicia geralmente quando os pacientes têm entre 20 e 30 anos de idade), a esclerose múltipla ocasiona um custo econômico-social muito elevado, uma vez que acomete pessoas que estão na sua fase de maior capacidade produtiva. O custo da doença nos Estados Unidos supera 9 bilhões de dólares/ano. A doença ainda não tem cura mas existe tratamento feito através de medicamentos que custam R$3.000,00/mês por pacientes e vem sendo disponibilizados gratuitamente pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. (Com Assessoria de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG)
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória em que o próprio organismo se auto-agride e lesa partes diferentes do sistema nervoso central. Sua causa ainda não é conhecida, mas já se sabe que fatores ambientais e genéticos influenciam no seu surgimento. Ocorre com frequência diferente em diversos países, havendo nos Estados Unidos mais de 350.000 pacientes. Na região Sudeste a incidência da doença é de 15 para cada cem mil habitantes.
Sintomas e tratamento
Os sintomas mais freqüentes são as dificuldades motoras (diminuição de força nos braços e pernas, desequilíbrio para andar, alterações de sensibilidade, como dormências), distúrbios da visão e alterações sexuais e esfinctéricas (incontinência urinária e constipação intestinal).