Trazer para uma discussão mais ampla no âmbito da UFMG o tema da reforma do ensino superior brasileiro é o propósito do debate Universidade, democracia e reformas do governo Lula, que acontece nesta quinta-feira, 5, a partir de 14h, no auditório Professor Neidson Rodrigues, da Faculdade de Educação (FAE). Participam do encontro o sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP), Francisco de Oliveira; o economista e professor da Faculdade de Ciências Econômica da UFMG, João Antônio de Paula; o professor Sérgio Martins, do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG; e a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marina Barbosa Pinto. A Associação dos Professores Universitários da UFMG (Apubh) também foi convidada. O debate é promovido pela Secretaria Regional Leste do Andes, pelo Grupo de Estudos sobre o Trabalho Docente (Gestrado) da FAE e pelo Grupo de Estudos em Geografia Urbana, do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG. Segundo a professora Maria Rosimary Soares Santos, 1ª vice-presidente da Regional Leste do Andes-SN, "esse debate se faz necessário pois a questão da reforma do ensino superior ainda não foi suficientemente discutida no pais e, especialmente, pela comunidade da UFMG". Repercusssões Segundo ela, uma dessas alternativas é a que está contida no documento Agenda para o ensino superior: uma proposta do Andes-SN para o Brasil de Hoje, que pode ser acessado no site da entidade. O documento foi aprovado 24º Congresso do Andes-SN, realizado em março, e traz a contribuição do sindicato para a expansão e desenvolvimento da educação superior pública em nosso país. Rosimary Santos avalia que a proposta do sindicato dos docentes difere em alguns pontos da apresentada pelo Ministério da Educação (MEC), especialmente no que diz respeito à questão do financiamento da educação superior, à autonomia universitária e à política de ações afirmativas. "Nosso documento apresenta propostas concretas a respeito desses e de outros tópicos, que ainda não são bem conhecidas. Com esse debate, esperamos também contribuir para uma maior inserção de nossa entidade na UFMG", diz Maria Rosimary.
"A discussão contribuirá para avaliar as repercussões para a universidade e para o movimento docente das propostas de reforma da educação superior e sindical do governo federal. Pretendemos colocar em pauta tanto o projeto do governo quanto as propostas alternativas apresentadas pelos diversos setores da sociedade", diz Rosimary Santos.