O Projeto Horizonte, estudo sobre incidência da infecção pelo vírus HIV realizado junto à população homossexual e bissexual de Belo Horizonte, acaba de registrar seu milésimo voluntário. O programa é uma parceria entre a UFMG e o Ministério da Saúde e, há dez anos, acompanha grupos de voluntários masculinos para análise clínica e comportamental sobre as formas de transmissão do vírus. "Esse número é um marco", comemora Maria José Utsch, coordenadora da equipe psicossocial do projeto, ao lembrar que a adesão da população mostra um avanço na discussão sobre prevenção à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Para a coordenadora, o número também é reflexo do interesse das pessoas em práticas de sexo seguro. Prevenção Outra importante linha de trabalho do projeto é a promoção de atividades educativas, nas quais os voluntários interagem em fóruns de discussão, oficinas de sexo seguro, sessões de cinema e grupos focais. O objetivo é estimular debates com enfoques relevantes sobre sexo, prazer e prevenção. De acordo com Utsch, esse trabalho tornou-se, também, importante meio de difusão de informações. O atendimento aos voluntários é feito no Centro de Treinamento e Referência Orestes Diniz, que funciona à Alameda Álvaro Celso, 241, bairro Santa Efigênia . Os participantes recebem preservativos e todos os dados individuais são confidenciais. Demais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3226-8188 ou no endereço www.medicina.ufmg.br/projetohorizonte.
A equipe do Projeto Horizonte trabalha a prevenção de forma individual através de atendimentos a voluntários. Eles têm retornos agendados a cada seis meses e participam de discussões sobre práticas de risco e sexo seguro, além de fazerem uma série de exames laboratoriais e clínicos gratuitos. "A participação de voluntários é de suma importância no desenvolvimento de pesquisas científicas", avalia Maria José Utsch.