O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) venceu mais uma etapa para sua instalação. O empreendimento acaba de receber a licença de implantação pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Durante sua reunião mensal, ocorrida ontem, quarta-feira, 19 de outubro, o órgão aprovou o Plano de Controle Ambiental (PCA) do Parque - passo fundamental para sua implementação. De acordo com Mariana Santos, gestora executiva do Núcleo do BH-TEC, o projeto foi bastante elogiado na reunião. "Conseguimos a licença de implantação apenas quatro meses após termos conseguido a licença prévia", comemora a executiva. Com a licença de implantação, o Parque obteve permissão do Comam para começar as obras de infra-estrutura, orçadas em R$ 10 milhões. Essa etapa está prevista para começar em dezembro e está a cargo da Prefeitura de Belo Horizonte, que deverá abrir licitação para a realização das obras. O BH-TEC vai funcionar em terreno da UFMG localizado próximo ao campus Pampulha, entre as avenidas José Vieira de Mendonça e Presidente Carlos Luz e o Anel Rodoviário. A área, cedida em 2004 pela Universidade para o projeto, possui 535 mil metros quadrados, mas apenas uma pequena parte, de 185 mil metros quadrados, será destinada à construção dos edifícios do empreendimento. Condomínio pioneiro O empreendimento é uma iniciativa da UFMG e da prefeitura municipal de Belo Horizonte e conta com a parceria do governo do Estado, da Federação da Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e do Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG). Até o momento, o projeto recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A primeira construção, que ficará sob responsabilidade do governo do Estado de Minas Gerais, vai receber o prédio da administração do BH-TEC. As demais edificações vão abrigar os laboratórios de pesquisas das empresas, comércio e outros serviços para servir a região do Parque Tecnológico. O local pretende se tornar referência nacional para pesquisas. A expectativa é que a implantação do BH-TEC seja finalizada em dez anos, ao custo total de R$ 500 milhões.
O BH-TEC foi licenciado sob a forma de condomínio de uso não-residencial. Nessa modalidade, é o primeiro empreendimento aprovado em Belo Horizonte. Ele vai abrigar laboratórios de pesquisa, empresas de serviço e outras, cujo produto final seja baseado em tecnologia avançada - como as do setor de biotecnologia e de tecnologias de informação. A expectativa é que o empreendimento promova benefícios permanentes, como a geração de emprego e o aumento da renda em Belo Horizonte e na região metropolitana.