As provas do segundo processo de seleção para o Curso de Formação Intercultural de Professores, destinado a indígenas maxacali, krenak, xacriabá e aranã de Minas Gerais, terminaram nesta quinta-feira, 16. Vinte candidatos inscreveram-se no exame, cujo resultado deve sair em 15 dias. Os professores maxacali e xacriabá não precisaram vir a Belo Horizonte. Eles realizaram o teste nas próprias reservas indígenas. Nesta etapa da iniciativa, a Universidade ofereceu 29 vagas para os quatro povos. Outras 121 foram preenchidas na primeira fase do vestibular, em 2005, por professores indígenas pataxó, caxixó, xucuru-cariri e pancararu. "Através deste segundo processo seletivo, a UFMG procura contemplar os professores pertencentes aos oito povos indígenas que vivem no Estado", explica a professora Lúcia Helena Alvarez Leite, coordenadora do curso. Licenciatura O primeiro curso de formação intercultural de professores indígenas organizado pela UFMG está dividido em dez etapas presenciais intensivas de 30 dias de duração cada, duas vezes ao ano, e atividades de pesquisa e prática, em serviço, que serão acompanhadas por 12 monitores de cursos de pós-graduação da universidade. Em 2006, a primeira fase presencial do curso será de 8 de maio a 2 de junho. A segunda etapa, acontece em setembro. No período, explica Lúcia Leite, os professores indígenas ficarão alojados em região próxima à Universidade e terão custeadas suas despesas com deslocamento das aldeias até a Instituição e, no retorno, hospedagem e alimentação.
O curso destinado a professores indígenas será oferecido pela UFMG numa parceria que envolve recursos do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a infra-estrutura física e docente da universidade. Do Prolind, a UFMG terá R$ 500 mil; da Funai, R$ 372 mil; e, da Seduc-MG, R$ 89 mil.