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De volta a Diamantina (MG) pela sétima vez consecutiva, quando completa 40 anos de existência, o Festival de Inverno da UFMG realiza naquela cidade, entre 16 e 29 de julho deste ano, sua 38ª edição mostrando novidades em sua estrutura organizativa. Uma entrevista coletiva à imprensa, acontecida nesta quinta-feira, no Conservatório UFMG, marcou o lançamento da programação, que tem como eixo conceitual o tema Interatividades. Estavam presentes a vice-reitora da UFMG, Heloísa Starling, o prefeito de Diamantina e a secretária de Cultura, Turismo e Patrimônio da cidade, Márcia Dayrell, o diretor de Ação Cultural da UFMG, Maurício Campomori, além de coordenadores e subcoordenadores de áreas temáticas do Festival. Em nome da Administração Central da Universidade, a vice-reitora Heloísa Starling ressaltou a importância institucional do evento e seu compromisso com a cultura. "O Festival está entranhado na história da UFMG e traduz sua vocação por trazer à cena o que a Universidade produz de melhor em sua área de pesquisa e que ainda não foi absorvido pelo mercado", disse. Em seguida, o coordenador-geral, Fabrício Fernandino, apresentou o projeto do Festival, que será precedido, entre 11 e 15 de julho, por uma semana de atividades voltadas para produtores culturais e representantes das cidades do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. O evento, moldado dentro das pollíticas culturais do Ministério da Cultura, é constituído de ciclos de palestras gratuitos e oferece 25 vagas. "A idéia é oferecer atividades para os diamantineses ligados à produção cultural, em parceria com o MinC", disse o coordenador. Interatividade Com essa proposta, o mais tradicional festival universitário do país pretende colocar-se em novo patamar, mantendo-se como um evento de ponta e referência nos cenários artísticos nacional e internacional. Outra novidade é a identidade visual desta edição do Festival, criada pelo Centro de Comunicação da UFMG, que homenageia os cem anos do Presépio do Pipiripau, um dos patrimônios culturais da cidade de Belo Horizonte, criado em 1906 por Raimundo Machado Azeredo (1894-1988), atualmente instalado no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG como parte integrante do acervo da Universidade. Formato Realizado em parceria pela Universidade Federal de Minas Gerais e Prefeitura de Diamantina, o 38º Festival de Inverno da UFMG oferecerá este ano 60 oficinas, sendo nove de iniciação, sete híbridas e 44 de atualização. Além de oficinas e cursos, que constituem o núcleo essencial de suas atividades, será cumprida também uma agenda de eventos culturais - entre espetáculos teatrais, shows, exposições etc. - ainda em fase de elaboração. A coordenação geral é do escultor Fabrício Fernandino, professor da Escola de Belas-Artes da UFMG, que está à frente do evento desde a edição de 2000, realizada também em Diamantina. O cargo de subcoordenador geral é ocupado por Enani Maletta, diretor, maestro, ator, cantor e professor do curso de Teatro da UFMG. São os seguintes os coordenadores das áreas temáticas: Artes audiovisuais, Francisco Marinho (coordenador) e Leonardo Álvares Vidigal (subcoordenador); Artes cênicas, Fernando Mencarelli (coordenador) e Mônica Medeiros Ribeiro (subcoordenadora); Artes plásticas, Eugênio Pacelli da Silva Horta (coordenador) e Lincoln Volpini Spolaor (subcoordenador); Artes literárias, Georg Otte (coordenador) e Vera Casa Nova (subcoordenadora); Artes musicais, Mauro Rodrigues (coordenador) e Fábio Adour da Câmara (subcoordenador); e Artes transdisciplinares, Fabrício Fernandino. Confira no site do Festival mais informações e a programação completa de cursos e oficinas..
A grande novidade do Festival de Inverno da UFMG para este ano é a proposta de criação de redes interativas entre as diversas áreas do conhecimento, articulando as atividades das oficinas ofertadas - incluindo as de iniciação, para novatos, e de atualização, para artistas profissionais - por meio de cinco núcleos temáticos: arte-aprofundamento, arte-ciência, arte-conceito, arte-poética e arte-tecnologia, tudo isso orquestrado por um Conselho Curatorial interdisciplinar.
O novo formato do Festival de Inverno significa, na prática, que além das oficinas específicas de cada uma das áreas de atividade do Festival - Artes audiovisuais, Artes cênicas, Artes plásticas, Artes literárias, Artes musicais e Artes transdisciplinares (criada nesta edição) - serão ofertadas também oficinas híbridas e gerados eventos artísticos de caráter multidisciplinar a partir da inter-relalção das oficinas.