A cantora lírica e aluna da Escola de Música, Priscila Ferrari da Slva Ávila, morreu ontem, 8 de junho, na Alemanha, em decorrência de trombose. Um dos talentos mais promissores de sua geração, Priscila havia sido aprovada, recentemente, em uma das etapas de seleção para a Ópera de Dresden, sediada também em Dresden. A estudante se encontrava naquela cidade para participar de nova etapa do concurso, mas vinha se queixando de fortes dores, desde a viagem que a levou à Alemanha. Na manhã de ontem, ela foi encontrada desacordada e, levada a um dos hospitais da cidade, morreu. Priscila tinha 27 anos e era casada. No momento, os familiares aguardam a liberação de seu corpo. De acordo com a assessoria da Escola de Música da Universidade, o marido viajou ontem a Dresden para tomar as providências para o traslado do corpo. Formada em Turismo, Priscila migrou para a música, devido a sua grande paixão pela área. Na UFMG, ingressou em 2004, e cursava o 5° período do bacharelado em canto. Desde o semestre passado, estudava sob orientação vocal da professora Mônica Pedrosa. "Priscila era dona de um timbre encantador e uma potência vocal digna dos grande palcos do mundo", diz o professor da Escola de Música, Mauro Chantal, seu orientador no início do curso. De acordo com Mauro, Priscila estava se destacando como solista de peso e, com a oportunidade aberta pela Ópera de Dresden, iniciava fase importante em sua vida profissional. Em Belo Horizonte, o talento da estudante já era reconhecido pelo público e por críticos. Era bastante atuante e, entre suas principais apresentações públicas, Mauro ressalta sua participação cantando o oratório A Criação, de Haydn, a ópera La Bohème, de Puccini, e a Pequena Missa Solene, de Rossini. "Com sua impressionante voz de soprano lírico, Priscila era um talento que apenas começava a despontar", relembra Mauro, lamentando sua morte precoce. Na Escola de Música, o falecimento da estudante foi recebido com comoção. "Ela era carismática e muito risonha", diz o professor.