Após dois meses de construção, o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec), que funcionará próximo ao campus Pampulha da UFMG, vem se tornando realidade para os moradores da capital mineira. Funcionários de empreiteiras contratadas pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) já podem ser vistos trabalhando no alargamento da rua Professor José Vieira de Mendonça, de trechos da Avenida Carlos Luz (sentido bairro-centro) e das vias públicas no entorno da praça Pedro Melo. O terreno de 535 mil metros quadrados, cedido pela Universidade, recebeu investimento de R$ 6,5 milhões para construção de sua infra-estrututura. A pavimentação do espaço é de concreto permeável, o que permite escoamento da água de chuva no solo. A escolha diminui os riscos de enchente e alimenta as nascentes do Parque. "O projeto foi concebido para ser executado de forma ecologicamente correta. Trata-se de urbanização de caráter inédito na América Latina", afirma Eduardo Roscoe, coordenador da fiscalização de obras. Tombado pela Universidade como área de preservação ambiental, a construção do espaço manterá 65% de sua área original. O córrego do Mergulhão, que passa pelo Parque, será revitalizado e canalizado em pedra sem argamassa, permeável, ao longo de seus 64 metros de largura. Em suas laterais, haverá recomposição de 30 metros de área verde. A rede elétrica será subterrânea, benefício para a arborização, que não será danificada, e confiabilidade para as empresas recebidas pelo Parque. "O tipo de empresa que compõe o BH-Tec exige maior cuidado em relação à rede de energia. Queremos o mínimo de interrupções elétricas possíveis para evitar, por exemplo, perda de dados", explica o engenheiro. O período de obras dessa primeira fase, iniciada em abril, é estimado em 240 dias. “Acreditamos que não haverá atrasos, apesar de a intervenção no córrego ser bastante complexa. Mas isso não atrasa a entrada das empresas no Parque”, afirma Mariana de Oliveira, uma das gestoras executivas. BH-Tec O orçamento preliminar do investimento a longo prazo - isto é, nos próximos cinco anos -, é de R$ 60 milhões, divididos igualmente entre Prefeitura, Estado e UFMG. A parcela da Universidade corresponde ao terreno cedido para a instalação do BH-TEC, avaliado em R$ 20 milhões. Os demais parceiros, Sebrae e Fiemg, são responsáveis pela articulação com a área empresarial e a captação de empresas. As primeiras obras, orçadas em R$ 6,5 milhões, destinam-se à instalação do local e estão a cargo da Prefeitura. A fase seguinte - de edificação - será iniciada após a urbanização da área, sob a responsabilidade do Governo Estadual. O conjunto das obras, também orçado em R$ 6,5 milhões, prevêem a construção de um centro administrativo e de outros equipamentos de apoio às empresas do Parque.
O Parque Tecnológico de Belo Horizonte é um empreendimento viabilizado a partir de parceria entre a UFMG, o Governo do Estado de Minas Gerais, a Prefeitura da cidade, a Fiemg e o Sebrae.