Um documento contendo sugestões de diretrizes para a concepção do Espaço TIM-UFMG do Conhecimento, que está sendo construído na Praça da Liberdade, foi o principal resultado do Workshop Internacional 2006 sobre Museus e Centros de Ciência, realizado no auditório da Reitoria entre 25 e 28 de setembro. O encontro reuniu 12 consultores brasileiros e estrangeiros, alguns deles responsáveis pela concepção e gestão de alguns dos principais espaços de divulgação científico, como o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a Estação Ciência, da USP, e o Museum of Science Park. Segundo a professora Tânia Costa, diretora do Centro de Difusão da Ciência, o documento, que ainda será submetido ao Conselho Curador do Espaço, apresenta como principal diretriz a intenção de que o Espaço “dissemine o conhecimento sem perder de vista o respeito ao método científico”. Os consultores envolvidos na elaboração do texto também estabeleceram os alunos dos ensinos básico e fundamental como público-alvo do Espaço e apontaram o potencial da UFMG como centro de produção do conhecimento a ser exposto no centro. “Temos uma produção científica que gera impacto na vida da população”, afirma Tânia Costa, citando como exemplo a estrutura oferecida pela Rede de Museus e Ciências e os projetos Física Divertida e Química na Cabeça. Linguagens Os consultores também estiveram no prédio e apontaram algumas limitações para a plena execução do projeto. A principal delas é de natureza física. “O espaço é pequeno e tem um pé direito baixo”, afirma Tânia Costa, lembrando que esse aspecto dificulta a montagem de grandes exposições. Enquanto o Espaço TIM-UFMG do Conhecimento terá 1.500 metros de área construída, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo é três vezes maior. A previsão é de que o Espaço seja inaugurado em março do ano que vem. A adaptação física do prédio, que abrigava a Reitoria da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), custará cerca de R$ 9 milhões. Cerca de R$ 3,5 milhões serão investidos na montagem do Planetarium, importado da Alemanha e que possui um sistema de projeção digital que permite transformar o ambiente em espaço multimídia e o uso de sua cúpula de 8,5 metros de diâmetro para projeções astronômicas ou outros tipos de exibições artísticas e científicas. O Espaço é fruto de parceria entre a UFMG, que entra com o conhecimento científico e com o trabalho de professores especializados em divulgação científica, Governo de Minas, que cedeu o prédio, e a empresa de telefonia TIM, responsável pelo financiamento do projeto.
O espaço não se limitará a difundir conhecimento, afirma a professora Tânia Costa. “Ele também será um centro produtor de saberes. A idéia é trabalhar, por exemplo, no sentido de produzir linguagens que sejam, ao mesmo tempo, acessíveis e não comprometam o rigor científico. Também vamos preparar material didático, trabalho que certamente envolverá a Universidade como um todo”, projeta a professora Tânia Costa.