Foca Lisboa |
Foi realizado, na tarde desta quarta-feira, 13, na sala de sessões da Reitoria, o 10º Fórum dos Coordenadores de Pós-Graduação stricto sensu. No encontro, foram apresentados os resultados da Avaliação da Pós-Graduação da UFMG - 2005/2006. Compunham a mesa de abertura do evento a vice-reitora Heloísa Starling, o pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade, Jaime Arturo Ramírez, e o diretor científico da Fapemig, Mário Neto Borges. Promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o Fórum reuniu os coordenadores de todos os programas de pós-graduação stricto sensu da UFMG, diretores das unidades acadêmicas, consultores ad hoc, que participaram do projeto de avaliação, integrantes da Câmara de Pós-Graduação e da equipe do Reitorado. Os participantes do evento receberam um volume com a síntese dos vários estudos elaborados como parte do projeto de avaliação da pós-graduação. O documento reúne uma síntese da Universidade, compreendendo oito resumos de cada uma das áreas do conhecimento e, em 2007, será editado pela Editora UFMG. A vice-reitora Heloísa Starling abriu o fórum ressaltando a importância do encontro para o futuro da pós-graduação na Universidade. "Percebemos um crescimento homogêneo da UFMG. Não há áreas muito à frente das outras. Para uma Instituição que em 2007 completa 80 anos, é um sinal de que nosso crescimento é coeso", ressaltou, ao elogior o esforço das Unidades para a melhoria dos índices acadêmicos. Resultados Em primeiro lugar, Jaime Ramírez revelou como se deu o processo de elaboração da avaliação, desde fevereiro de 2005. "Depois de aprovado o projeto nas principais instâncias da Universidade, realizamos visitas a todos os colegiados", disse. Ao comentar os cursos, o pró-reitor lembrou o crescimento da pós-graduação da UFMG nos últimos 16 anos. De 1990 a 2006, houve aumento na oferta de 17 para 54 doutorados, e de 40 para 60 mestrados. "Hoje, todas as Unidades acadêmicas têm cursos de pós-graduação", resumiu. Em relação aos números da avaliação da Capes, atualmente, a UFMG conta com 60% de cursos com conceitos 5, 6 e 7 (numa escola até 7) e 40%, com índices 3 e 4. "Hoje, a UFMG disputa com a Unicamp a liderança da pós-graduação. Precisamos, portanto, encontrar mecanismos para consolidar nosso atual panorama", explicou, ao ressaltar que é preciso de discussões específicas sobre os cursos que não apresentaram boa avaliação qualitativa. Corpos docente e discente Ao analisar o corpo discente da UFMG, o Pró-Reitor de Pós-Graduação ressaltou os "aumento impressionante" no número de alunos, matriculados, novos, titulados e também de candidatos. "Isso revela a eficiência do sistema e nossas perspectivas para 2010. Precisaremos expandir ainda mais", disse. Infra-estrutura e orçamento Com relação ao orçamento, houve aumento de investimento de R$10 mi para R$14 mi nos últimos 4 anos. Trata-se de recursos provenientes da Capes, do CNPq e da Fapemig. "Para manter nosso patamar de crescimento, precisamos de 40% de aumento dos investimentos da Capes", explicou. Fapemig O diretor também chamou a atenção para outros editais, destinados a grandes equipamentos, e à possibilidade de oferta de bolsas para servidores. "Em relação ao edital de grandes equipamentos, passaremos de R$3 mi para R$7 mi", ao revelar que, hoje, tem-se um diagnóstico mais preciso para as demandas dos pesquisadores mineiros. A avaliação Os pareceres acadêmicos sobre todos os cursos, com a síntese das reuniões com os Colegiados, encontra-se disponível no site da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. O projeto abrangeu 62 programas de pós-graduação stricto sensu e foi aprovado pela Câmara de Pós-Graduação em fevereiro de 2005. Para o desenvolvimento a iniciativa utilizou-se metodologia especifica (confira aqui).
O professor Jaime Arturo Ramírez realizou detalhado panorama da pós-graduação da UFMG. Em sua apresentação, revelou os antecedentes da avaliação, ao resgatar características de exames anteriores (nos períodos de 1981-82 e 1987-89), comentou os índices dos cursos, e analisou os corpos docente e discente, a infra-estrutura e o orçamento da Universidade. Por fim, mostrou as principais metas da Instituição até 2010.
Com relação ao corpo docente, Jaime Ramírez mostrou que houve inversão no número de mestres e doutores. Além disso, dos cerca de 1.722 professores doutores da Instituição, 1.221 (ou 71%) participam, de forma permanente, como docentes dos cursos de pós-graduação. "Este é um bom quadro de permanência", ressaltou, ao lembrar outra nova realidade: "Atualmente, a maioria dos professores da UFMG obtiveram o doutorado no Brasil".
No que tange à infra-estrutura, o Pró-Reitor falou da importância de as secretarias e coordenações terem locais propícios para o ofício e comentou a necessidade de contratação de servidores técnicos e administrativos. Quanto às condições de pesquisa, ele ressaltou o interesse da UFMG em privilegiar laboratórios multi-usuários e de instalar, nas unidades, salas de seminários e de teleconferências.
Além de apresentar novos planos da Fapemig para 2007, o diretor científica da entidade, Mário Borges Neto, pontuou algumas das questões levantadas por Jaime Ramírez. Ele comentou, por exemplo, que, até 22 de dezembro, está aberto o prazo de inscrições dos editais para Jovens Doutores e Núcleos de Excelência em pesquisa. "Percebi que há parcela importante de jovens doutores na UFMG", comentou.
As reuniões para exame da pós-graduação iniciaram-se em 28 de março de 2005, na Escola de Arquitetura, com o Colegiado do curso de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, e se estenderam até 3 de outubro de 2005, quando se visitou o Colegiado do programa em Fisiologia e Farmacologia no Instituto de Ciências Biológicas.