Nesta sexta-feira, 20, a entrada de usuários no Restaurante Setorial, no campus Pampulha, foi acompanhada de manifestação de alunos, com música e palavras de ordem. Alguns estudantes pularam a roleta sem pagar, como tem ocorrido desde a última terça-feira, 17. Nas proximidades, representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) falavam ao microfone, convocando à participação na assembléia marcada para as 14h, que vai discutir os rumos do movimento. “Queremos deixar claro que, embora considere justa a pauta de reivindicações, o DCE não concorda com o esse tipo de manifestação”, disse Fagner Ribeiro, tesoureiro do Diretório. Segundo Fagner Ribeiro, a Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) descumpriu a promessa de concluir a ampliação do Restaurante até a primeira semana de março. Afirmou, ainda, que a decisão de fechar o bandejão, anunciada pela Reitoria nesta sexta-feira, “vai prejudicar, sobretudo, os estudantes carentes, e não soluciona o problema”. Diálogo Glória Ferreira, aluna de Filosofia e integrante do Coletivo Ousadia, disse que é absurda a proporção entre o número de refeições servidas por dia no Restaurante Setorial – cerca de 2.800 – e o de estudantes da UFMG. “Somos quase 20 mil alunos, e o bandejão precisa ser ampliado para que de fato sirva aos estudantes, e não apenas a dez por cento deles”, reforçou. Glória Ferreira afirmou que a decisão de continuar a pular a roleta foi tomada na assembléia realizada ontem. Leia mais.
“Defendemos o diálogo”, reforçou Ribeiro, ao ressaltar que “aderir ao movimento não é pular roleta, mas participar das assembléias e reuniões”. Já Leonardo Péricles, estudante de Biblioteconomia e integrante do Movimento Correnteza, afirmou que o protesto é direito dos estudantes. “O bandejão da UFMG é um dos mais caros do país”.