Nesta quarta-feira, 25, a Série VivaMúsica, da Escola de Música da UFMG, apresenta o concerto Homenagem a Camargo Guarnieri, com a participação de professores da Instituição executando diferentes instrumentos. O concerto será às 18h30, no auditório Fernando Mello Vianna da Escola, localizada no campus Pampulha, à avenida Antônio Carlos, 6627. O evento será precedido com palestra, às 17h40, com a viúva do compositor, Vera Guarnieri, sobre o tema Camargo Guarnieri por Vera Guarnieri. A entrada é franca. No programa, as obras Oração no saco de Mangaratiba (letra de Manuel Bandeira), Quando te vi pela primeira vez (letra de Cleomenes Campos) e Toada do pai do mato (letra de Mário de Andrade), com Mônica Pedrosa (voz) e Guida Borghoff (piano); Vai, azulão (letra de Manuel Bandeira), Cantiga (recolhido por Silvio Romero) e O impossível carinho (letra de Manuel Bandeira), com Luciana Monteiro de Castro (voz) e Guida Borghoff (piano); Sonatina para flauta e piano (Allegro; Melancólico; Saltitante), com Mauríco Freire (flauta) e Miguel Rosselini (piano); Sonata para viola e piano (Tranquillo; Scherzando; Com entusiasmo), com Carlos Aleixo (viola) e Cenira Schreiber (piano); Sonata para piano (Tenso; Amargurado; Triunfante; Enérgico - fuga três partes –; Triunfante), com Helena Freire (piano). Guarnieri Em 1938, o compositor recebeu bolsa de estudos concedida pelo governo do estado de São Paulo para estudar em Paris. Teve aulas com Charles Koechlin, Franz Rühlmann e Nadia Boulanger. Suas obras musicais começaram a ser executadas no mundo, entre elas, sonatas, sinfonias, concertos e outras obras, escritas em português, línguas africanas e ameríndias. Somente após ter alcançado sucesso no exterior obteve reconhecimento no Brasil. Em 1944, ganhou prêmios nos Estados Unidos que lhe conferiram notoriedade. Classificou-se em segundo lugar em um concurso realizado em Detroit para eleger a "Sinfonia das Américas". Em 1950, Camargo Guarnieri publicou a Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, na qual condenava as técnicas modernistas de Hans-Joachim Koellreutter, as quais, segundo ele, estariam influenciando compositores jovens a destrrírem os fundamentos da cultura herdada da Europa. A obra musical de Camargo Guarnieri é formada por mais de setecentas obras, sendo, provavelmente, o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos. Pouco antes de sua morte recebeu o prêmio "Gabriela Mistral", da OEA, como o "maior compositor das Américas". Atualmente, boa parte do acervo de partituras e objetos deixados por Guarnieri encontram-se no arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Informações adicionais pelo telefone (31) 3409-4700. (Assessoria de Comunicação da Escola de Música)
O compositor brasileiro Mozart Camargo Guarnieri nasceu em Tietê, São Paulo, em 1º de fevereiro de 1907 e morreu em São Paulo, em 13 de janeiro de 1993). Recebeu aulas de piano, a partir dos dez anos de idade, com Virgínio Dias. Em 1923, mudou-se para a capital paulista e passou a tocar em orquestras e cinemas da cidade, a fim de auxiliar no orçamento doméstico. Em 1928, conheceu Mário de Andrade, que se tornaria seu mestre intelectual. Muitas das canções escritas por Camargo Guarnieri foram sobre textos de Mário de Andrade, incluindo a ópera Pedro Malazarte.