Em assembléia realizada na manhã desta sexta-feira, 27 de abril, em auditório do ICB, cerca de 180 servidores técnicos e administrativos da UFMG decidiram pelo indicativo de greve para a segunda quinzena de maio. Convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Superior (Sindifes) de Belo Horizonte, os funcionários também elegeram cinco delegados, que levarão a decisão à Plenária Nacional da Fasubra Sindical, que acontece nos dias 4 e 5 de maio, em Brasília (DF). As reivindicações têm, como eixos emergenciais, a resolução do Vencimento Básico Complementar (VDC) e da tabela salarial dos servidores técnicos e administrativos. Além disso, os servidores pleiteiam a alocação de recursos no Plano de Assistência à Saúde Complementar e pisos de três salários mínimos para a classe A e de 10 para os profissionais com nível superior (Classe E). Os servidores reivindicam, ainda, step de 5%, ao invés dos atuais 3,6%. Trata-se da diferença salarial entre um nível funcional e outro. "Também colocamos em pauta a questão do reajuste do vale-alimentação", explica Balbino Cosme de Siqueira Neto, coordenador de Assuntos Jurídicos do Sindifes. Pautas nacionais O movimento nacional reivindica, ainda, data-base no dia 1º de maio, fim da terceirização e dos contratos temporários, realização de concursos públicos, direito à negociação coletiva e paridade entre aposentados e pensionistas. "Também somos contra o ataque aos hospitais universitários. Há uma proposta de transformá-los em fundações estatais", completa Cosme, ao ressaltar que os servidores defendem que os hospitais também recebam recursos dos ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia. Nova assembléia
Na pauta geral dos diversos segmentos federais, está a proposta de discussão do Projeto de Lei Complementar PLP 01/2007, do governo federal, que, segundo Cosme, "limita o reajuste dos servidores". Também são lemas do funcionalismo a luta pela isonomia salarial, a defesa do vencimento-base com incorporação de gratificações, recomposição salarial de 1995 a 2006 e correção das distorsões existentes na carreira, com definição de piso para todos os serviços públicos.
Os servidores técnicos e administrativos da UFMG voltam a se reunir, no dia 4 de maio, para uma série de encaminhamentos. Entre os assuntos em pauta, está a questão a perda de hora-extra incorporada por cerca de 1500 funcionários da ativa e aposentados.