Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte |
Nesta segunda-feira, 18 de junho, às 19h, será aberta a exposição Memória ecológica da UFMG: o campus saúde, que faz parte das comemorações dos 80 anos da UFMG e abre o ciclo de mostras e seminários responsável pelo resgate da memória institucional. O público terá acesso, no saguão da Faculdade de Medicina, a 49 fotografias, de diversas épocas, da vegetação do campus saúde, além de pequenos textos de referência. As fotos históricas da exposição foram resgatadas em arquivos da Universidade e no acervo de diversos órgãos e institutos de documentação, como o Arquivo Público Mineiro. Já as fotografias atuais ficaram a cargo do trabalho de Maria do Carmo Sartori. A exposição não ficará apenas na Faculdade de Medicina. No dia 25 de junho, ela será aberta na Escola de Enfermagem, e, no dia 2 de julho, segue para o saguão do Hospital das Clínicas. A mostra integra pesquisa sobre a arborização dos campi da UFMG, coordenada pela professora Regina Horta Duarte, do departamento de História, apoiada pelo Centro de Memória e Patrimônio Cultural da Universidade, criado em 2006. O trabalho é desenvolvido dentro de um projeto maior, denominado Árvores da Cidade: história, sociedade e natureza em Belo Horizonte, que conta com apoio do CNPq e da Fapemig. O professor Maurício Campomori, diretor de Ação Cultural da UFMG, explica que a exposição inaugura as atividades do Centro de Memória. "A mostra é muito importante, pois, com ela, concretizamos a primeira ação efetiva do Centro, que busca resgatar o patrimônio cultural da Universidade", ressalta Campomori, que é o atual coordenador do Centro. O projeto Em outra frente de trabalho, os estudiosos buscaram reconstruir aspectos da história da ocupação política e cultural dos espaços abertos. Por fim, realizaram entrevistas com diversas pessoas que freqüentaram ou freqüentam o campus saúde. Nos depoimentos, buscaram identificar a forma como professores, alunos e funcionários percebem os caminhos que percorrem todos os dias. "Consideramos que a história dos campi da UFMG é também a história da cidade de Belo Horizonte, assim como a história do papel da universidade na sociedade brasileira", afirma a professora Regina Horta. Catálogo O grupo também elaborou um CD Rom com fotografias e documentos relacionados a diferentes momentos históricos das unidades do campus saúde. As entrevistas realizadas durante a pesquisa serão anexadas ao acervo do Programa de História Oral da Fafich. Nos próximos meses, a equipe trabalhará ao lado do engenheiro agrônomo Geraldo Lúcio Oliveira Motta, mestre em arborização urbana e funcionário da UFMG, para a reconstrução da história ambiental do campus Pampulha. Os resultados do estudo serão publicados em livro e farão parte, ainda, de uma exposição, a ser aberta no segundo semestre de 2007.
O trabalho que culminou com a exposição Memória ecológica da UFMG: o campus saúde dividiu-se em três frentes. Primeiramente, foram investigadas as transformações dos espaços da UFMG. Os pequisadores identificaram intervenções na vegetação do campus saúde ao longo das décadas, ocorridos em decorrência de corte, plantio, abertura de vias de transporte interno ou construção de prédios.
Além da exposição, a equipe de pesquisa, que, além da professora Regina Horta, conta com estudantes de graduação e pós-graduação bolsistas do CNPq e da Fapemig, e com a fotógrafa Maria do Carmo Sartori, produziu um catálogo de 30 páginas, que inclui fotos e texto sobre a história do campus saúde.