Funcionários técnicos e administrativos da UFMG realizaram, nesta manhã, mais uma assembléia na Universidade para avaliar o andamento da greve. Paralelamente ao encontro, o reitor Ronaldo Pena recebeu representantes do Comando Local de Greve em seu gabinete. Segundo Pena, os direitos e deveres de ambas as partes deverão ser respeitados durante o movimento grevista. "Aceito e respeito a greve, mas não posso permitir que portões sejam fechados ou que funcionários tenham o acesso impedido a seus locais de trabalho. Todo servidor que optar por continuar exercendo suas funções durante a greve tem esse direito". O reitor Ronaldo Pena anunciou que tomaria as providências cabíveis para a reabertura dos portões. Integrantes do comando de greve, por sua vez, argumentaram ter adotado a medida porque funcionários terceirizados estariam cumprindo a função dos efetivos durante a paralisação. "Não podemos aceitar que nossa mão-de-obra seja substituída durante a greve. Funcionários terceirizados estavam dirigindo carros da Universidade e, por isso, fechamos os portões", alegou Márcio Flávio dos Reis, do comando de greve. Respeito à greve Os funcionários presentes à reunião pediram garantias de que, com a reabertura dos portões, não haja uso irregular dos carros da Universidade. "Ninguém, em momento algum, impediu outro servidor de trabalhar. Os portões de pedestres continuaram abertos", ressaltou João Dimas, do Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO). Os integrantes do Comando de greve solicitaram, ainda, participar da reunião do Conselho Universitário nesta quarta-feira. O pedido foi acolhido pelo reitor Ronaldo Pena. Os servidores em greve realizam vigília na escadaria ao lado da reitoria a partir das 13h30 desta quarta-feira.
Mais uma vez afirmando que a UFMG não adotará medidas voltadas para a substituição da mão-de-obra do servidores em greve, o reitor destacou como exemplo o adiamento da matrícula dos calouros, decorrente da paralisação dos funcionários do DRCA. "Não contrataremos outras pessoas para realizar este trabalho", esclareceu.