Felipe Zig |
Integrantes de organizações estudantis e de outras categorias profissionais, sociais e políticas estão reunidos em uma manifestação em frente ao prédio da Reitoria da UFMG, no campus Pampulha, desde a manhã de hoje. Cerca de 40 pessoas, sendo a maioria estudantes, informaram que pretendem permanecer no local durante os próximos dias, destacando que não há intenção de impedir o cumprimento das atividades acadêmicas ou causar qualquer prejuízo ao patrimônio público da Universidade. Um folheto enumerando os 18 itens da pauta nacional de reivindicações da Jornada em Defesa da Educação Pública, tema do movimento, foi distribuído pelos manifestantes. A erradicação do analfabetismo, garantia de acesso da classe trabalhadora à educação pública de qualidade, a implementação de políticas e ações afirmativas capazes de reverter o processo de exclusão e a ampliação do investimento público em educação para, no mínimo, 7% do PIB, constam como quatro primeiros pontos da lista. Entre os itens restantes, destacam-se a reivindicação da expansão das vagas, abertura de concursos para professores e técnico-administrativos, além da autonomia administrativa das universidades. Outro ponto de destaque é o passe livre estudantil, questão recorrente nas manifestações estudantis. De acordo com Glória Trogo, coordenadora da Coordenação Nacional de Lutas Estudantis (Conlute), a jornada quer chamar atenção para a questão da educação no Brasil e para a defesa da universidade pública, para que esta cumpra seu papel social. "A forma de ingresso nas universidades no país prioriza o ensino privado e que devem ser revistas", argumenta. Ela informou que uma comissão de negociação foi formada e existe a previsão de uma reunião com o Reitor ainda na tarde desta segunda-feira. Na reunião os manifestantes entregarão a carta com as reivindicações e irão debater as propostas