Na manhã desta quinta-feira, dia 13, milhares de “cascas” de cigarras podiam ser vistas nas árvores do campus Pampulha. O fenômeno, chamado ecdise, não passa de um processo normal de crescimento de algumas espécies de insetos e crustáceos. No caso dos insetos, o esqueleto é externo ao corpo (exoesqueleto) e precisa ser descartado para possibilitar o crescimento. Segundo a professora de entomologia Alice Kumagai, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), as cigarras vivem sob a terra na sua fase jovem. Elas ficam próximas às raízes das árvores e se alimentam de seiva. “Durante esse período de maturação, as cigarras chegam a mudar de esqueleto algumas vezes. Elas saem de baixo da terra quando estão próximas da idade adulta”, informa a professora. Para se libertarem do seu exoesqueleto antigo, as cigarras o pressionam realizando movimentos musculares. Cada “casca” visível nas árvores corresponde a uma cigarra. A troca de esqueleto das cigarras pode ser vista por volta das 18h, quando os animais saem de baixo da terra e migram para o tronco das árvores. O processo de troca dura cerca de uma hora.