Uma pesquisa da UFMG que busca possíveis relações entre problemas na boca e a doença de Alzheimer recebeu menção honrosa do programa Para Mulheres na Ciência, promovido pela empresa de cosméticos L´Oréal do Brasil, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Comissão Nacional da Unesco. O estudo, ainda em andamento, é de autoria de Tarcília Aparecida Silva, de 34 anos, professora e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da UFMG. O programa da L´Oréal foi criado para incentivar jovens cientistas brasileiras. “A menção honrosa foi importante pelo reconhecimento do trabalho. O prêmio foi muito concorrido”, afirma Tarcília. O programa Para Mulheres na Ciência recebeu a inscrição de 447 projetos de todo o Brasil, dos quais sete foram contemplados com prêmios de US$ 20 mil (o equivalente a R$ 35 mil) e dois receberam menção honrosa, entre eles o da pesquisadora da UFMG. De acordo com Tarcília, o estudo realizado por ela pode ser útil no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer. “Existem trabalhos mostrando que há algumas alterações nas células da mucosa bucal em pessoas que desenvolvem a doença. Queremos descobrir o porquê”, diz. A pesquisa tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Sistema Único de Saúde (SUS). Formação O júri do programa Para Mulheres na Ciência, que teve sua segunda edição, contou com oito cientistas indicados pela ABC, um representante da L’Oréal Brasil e um da Unesco. A iniciativa é inspirada no L’Oréal/Unesco For Women in Science, criado em 1998.
Tarcília Aparecida Silva graduou-se em odontologia e é mestre em Ciências Biológicas pela UFMG, além de doutora pela Faculdade de Odontologia de Bauru, vinculada à Universidade de São Paulo (USP). Em 2003, ele cursou o pós-doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, também da USP. Desde janeiro de 2006, Tarcília é professora da Faculdade de Odontologia da UFMG.