Professores do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e da Faculdade de Educação (FaE), ambos da UFMG, e profissionais da PUC Minas participaram de encontros com professores de de ensino básico de Belo Horizonte para trocar experiências, discutir e difundir pesquisas desenvolvidas no campo acadêmico da área da matemática. Os eventos, que aconteceram em setembro e outubro, deram origem ao projeto de uma publicação intercolegial, que irá veicular artigos e trabalhos de alunos do ensino fundamental, médio e da graduação.
Nos dois primeiros encontros, os professores universitários apresentaram suas idéias aos colegas do ensino básico de escolas públicas e particulares, como o Centro Pedagógico, o Colégio Marista Dom Silvério, Balão Vermelho, Escola da Serra, Colégio Padre Eustáquio, Loyola, Escola Municipal Artur Versiani, Instituto Libertas de Educação e Cultura, entre outras.
O coordenador do projeto, Oswaldo Prates, professor do Instituto Libertas, avalia que “há muita coisa sendo produzida na universidade como pesquisa, que tem pouca divulgação nas escolas. É fundamental o estreitamento das relações entre os professores universitários, que trabalham com a pesquisa acadêmica e os professores do ensino básico”.
Método e conteúdo
As palestras focaram a questão do método e do conteúdo, visando encontrar formas de se trabalhar com técnicas que priorizem a resolução de problemas, as investigações e explorações, abordando todo o conteúdo proposto historicamente para o ensino básico.
Segundo Prates, exatamente a quantidade de conteúdos e métodos de ensino que implicam em uma maior demanda de tempo no trabalho com os alunos tornarem-se pontos de destaque. A abordagem positiva dos erros cometidos pelos alunos e questões relativas à avaliação de aprendizagem também tiveram atenção especial.
A série de debates resultou na elaboração do projeto de criação de uma revista ou jornal voltado para a divulgação de artigos e trabalhos de alunos. Uma comissão voluntária intercolegial de professores está sendo formada para organizar o projeto. “Além de continuar o programa de palestras, estamos estudando a possibilidade de oferecer oficinas e cursos que trabalhem os temas mais polêmicos surgidos nas reuniões”, antecipa Prates.
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