Conflitos diversos, cuja ordem cronológica não altera o desfecho da história – essa é uma das características principais da peça Amigas que voam, que a Associação Comboio em Cena apresenta hoje, no projeto Quarta Doze e Trinta. O espetáculo acontece no Auditório da Reitoria, campus Pampulha da UFMG, ao meio-dia e meia, com entrada franca. Em Amigas que voam, realidade e imaginação confundem-se o tempo todo. Não é um espetáculo dramático, porque falta na trama um conflito central e uma solução no final, próprios do gênero. As duas personagens centrais, Vitória (Beth Grandi) e Trindade (Gláucia Vandeveld), ligam várias histórias paralelas, remontando à fundação da pequena cidade de Santa Bárbara da Saudade. Das lembranças dessas mulheres exiladas surgem personagens-chave, e mais de oito gerações desfilam diante da platéia durante 55 minutos. Sozinhas no palco, as atrizes desdobram-se em muitos papéis, utilizando pouquíssimos adereços, em um espetáculo que valoriza sobretudo para o trabalho das atrizes. O Quarta Doze e Trinta é promovido pela Diretoria de Ação Cultural (DAC) em parceria com a Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), e tem patrocínio da NOSSACOOP – A Nossa Cooperativa de Crédito.