O Conselho Universitário da UFMG aprovou nesta quinta-feira, 15 de maio, a adoção de mecanismo destinado a ampliar a inclusão de alunos egressos de escola pública. A medida prevê a atribuição de adicional de 10% na pontuação obtida, no vestibular, pelos candidatos que freqüentaram escola pública da 5ª série do ensino fundamental ao último ano do ensino médio. O Conselho Universitário também aprovou o acréscimo de 5% na pontuação no vestibular para estudantes negros que tenham cursando os últimos sete anos de sua formação básica em escolas públicas. Ainda de acordo com o texto aprovado, a vantagem dessa alternativa é que a universidade pode modular a diferença de desempenho no concurso entre os candidatos, para que eles sejam admitidos nos diversos cursos. Outro ponto relevante é que, como sugerem simulações baseadas nos resultados do concurso de 2006, a utilização do tipo de escola de origem como critério de diferenciação incluiria, necessariamente, entre os beneficiados, estudantes de renda familiar mais baixa e aqueles que se declaram negros. Um exemplo é o curso de medicina, o mais concorrido nos últimos vestibulares. Dos aprovados, em 2006, 14% estudaram em escolas públicas. Se o bônus tivesse sido aplicado, a proporção seria de 38%. (Assessoria de Imprensa da UFMG)