Lolybel Negrín, Caracas (Venezuela) - O tema da autonomia nas universidades e como este, às vezes, se confundisse com uma soberania ou independência absoluta do sistema educativo de uma nação, está presente na discussão habitual sobre educação superior na maioria dos países de América Latina e do Caribe. A autonomia e a qualidade na gestão das instituições de ensino superior serão discutidas na nona mesa temática, que acontece na Conferência Regional de Educação Superior (CRES 2008). “As universidades têm que mudar, naturalmente têm que manter seus valores, que lhes dão sua singularidade e seu papel social, mas têm que procurar novos mecanismos de gestão, estratégias de integração com a sociedade mais eficiente, maneiras de relacionar-se com os governos mais positivas”, afirma Ana Lúcia Gazzola diretora do Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (IESALC) e presidente da CRES 2008. Autonomia sim, soberania não Como parte da investigação que dá origem aos documentos base da CRES 2008, o texto “Caminhos de inovação-repensando o governo das universidades”, coordenado por Daniel Samoilovich, é o ponto de partida para a análise que se realizará na mesa temática sobre o tema durante a CRES 2008. Daniel Samoilovich é diretor executivo da Associação Columbus, rede de universidades européias e latino-americanas criada para promover a cooperação internacional e o desenvolvimento institucional. A CRES 2008 se realizará de 4 a 6 de junho, em Cartagena das Índias, Colômbia, ali se espera a participação de 3.500 delegados de América Latina, Caribe e Espanha, onde serão discutidos os 10 temas propostos para este encontro. Mais informações pelo site do evento. Tradução (espanhol para o português): Isabela Mazão
“Isso inclui desde a discussão da autonomia, como se dá o conceito de autonomia em cada país, como se relacionam os sistemas de educação superior com os governos, como se assegura a qualidade, como se financia esse sistema, como se dá o governo dentro das universidades, como temas fundamentais”, completa.