A In Vitro Cells, empresa pré-incubada na Inova-AGE UFMG, foi contemplada com R$ 1,3 milhão pelo Fundo Criatec, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinado a financiar empreendimentos inovadores em sua fase inicial. O investimento será utilizado para financiamento da infra-estrutura necessária à realização das atividades da empresa, como a montagem de laboratórios e compra de produtos utilizados nos testes. A In Vitro Cells testa produtos destinados ao consumo humano, como medicamentos, alimentos e cosméticos, utilizando células in vitro. “Pretendemos continuar na Inova, nos submetendo ao próximo edital lançado para nos tornarmos uma empresa incubada. Então, elaboraremos nosso Plano de Negócios Estendido”, conta Tagliati. O plano é um documento que contém informações de gestão e a análise do potencial da tecnologia utilizada no empreendimento para a criação de novos produtos ou serviços. A In Vitro Cells é um dos cinco empreendimentos pré-incubados na Inova-AGE, incubadora de empresas de base tecnológica, concebida para apoiar e fortalecer projetos pioneiros na UFMG. Testes sem cobaias Segundo Miriam Chaves, a tecnologia desenvolvida e empregada pela empresa consiste no uso de células humanas in vitro na realização dos testes, para descobrir as reações que um produto pode causar ao organismo humano. Nos experimentos, são utilizadas células humanas, adquiridas no Banco de Células do Rio de Janeiro. O pedido de patente para o registro da tecnologia já foi encaminhado à Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CT&IT) da UFMG e deverá ser analisado em breve. Diagnóstico de doenças Miriam Chaves acredita que as diversas possibilidades apresentadas pela tecnologia tenha sido uma das principais razões para a seleção do Fundo Criatec. “O projeto propõe uma inovação grande e ampla. O que nós vendemos, na verdade, foi uma idéia que possuía grande potencial e o BNDES percebeu isso”, afirma. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Inova-AGE)
De acordo com um dos sócios fundadores da In Vitro Cells, o pesquisador e professor da UFMG Carlos Tagliati, o montante estará disponível para a empresa nos próximos meses.
Iniciativa pioneira no Brasil, a tecnologia desenvolvida pelos fundadores da In Vitro Cells representa a possibilidade de reduzir em grande quantidade ou mesmo eliminar a necessidade de testes feitos in vivo, ou seja, realizados com animais, para a aprovação de cosméticos, medicamentos e outros. Segundo Tagliati, a tecnologia, que implicou dez anos de pesquisa em conjunto com a também professora da UFMG e sócia fundadora da In Vitro, Miriam Chaves, permite “prever efeitos tóxicos em um momento precoce, com baixo custo”.
Outro serviço que resulta da tecnologia desenvolvida e empregada pela In Vitro Cells é o diagnóstico de doenças como câncer, mal de Alzheimer e diabetes, males causados por alterações no metabolismo que podem ter seu avanço impedido, se detectados em suas fases iniciais.