Começa hoje, dia 20, o estudo que o Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (Osubh) da Faculdade de Medicina da UFMG fará nas regiões Oeste e Barreiro de Belo Horizonte. O objetivo é conhecer as condições de vida e de saúde dos moradores, a partir da visita de pesquisadores da UFMG a 4500 residências nas duas regionais, escolhidas aleatoriamente. Em cada casa, um adolescente da faixa-etária entre 11 a 17 anos e um adulto serão convidados a responder perguntas sobre suas condições de saúde e de vida. O horário da entrevista será agendado de acordo com a disponibilidade dos moradores. Os adultos responderão questões referentes à ocorrência de doenças, uso de serviços de saúde, exercícios físicos e outras atividades do dia-a-dia, estrutura familiar, condições de moradia e de segurança. Já os adolescentes deverão preenchem, sozinhos, um questionário confidencial sobre seu bem-estar, relacionamento com a família e amigos, vida na escola, lazer e diversão. A meta é identificar e analisar os fatores individuais e coletivos - sociais, culturais e econômicos - que influenciam as condições de saúde da população no lugar onde vivem. Apoio da população Fernando Proietti destaca que é fundamental o apoio por parte da população. "Pedimos que as pessoas recebam bem os pesquisadores da UFMG, que foram treinados para fazer esse trabalho”. Todos aqueles que concordarem em responder a pesquisa receberão um cartão com seu peso, altura, e orientações básicas sobre seu estado nutricional.
As informações obtidas com a pesquisa vai subsidiar estratégias de prevenção e promoção de hábitos de vida saudáveis para a saúde urbana de Belo Horizonte. Posteriormente, poderão ser consideradas na formulação de políticas públicas de enfrentamento dos principais problemas de saúde identificados, incluindo assistência médica, convivência, lazer, segurança e qualidade de vida.
Segundo os professores Waleska Caiaffa e Fernando Proietti, que coordenam o Observatório de Saúde Urbana, os fatores físicos e sociais podem influenciar a saúde e a qualidade de vida da população, por meio de diferentes processos, como o tipo de área ou vizinhança nas quais as pessoas moram e trabalham.
“Conhecer os efeitos do lugar onde as pessoas vivem pode ter importantes implicações para a redução das desigualdades em saúde”, afirma Caiaffa.
(Com informações da Assessoria de Comunicaçãol da Faculdade de Medicina da UFMG)