Um dos mais tradicionais ritos de passagem da sociedade contemporânea, o trote universitário transformou-se em alvo de polêmica e indignação nos últimos anos por causa das cenas de violência e constrangimento registradas em vários campi do Brasil. Por outro lado, um outro tipo de interação entre alunos veteranos e novatos começa a ganhar força nas instituições acadêmicas, inclusive na UFMG: o trote solidário. Um exemplo dessa versão é a campanha de doação de sangue realizada por alunos das escolas de Farmácia e Veterinária, com apoio do Hemominas que oferece a infraestrutura para a coleta do material. “Em apenas um dia são 40 a 50 doações feitas por pessoas de toda a Universidade. Chamamos de ‘trote’ porque é uma atividade realizada sempre no início do semestre e porque envolve os alunos do primeiro período. Mas, na prática, qualquer um pode participar”, esclarece a aluna de Farmácia Letícia Pena Braga, da equipe da Farmácia Jr., empresa júnior do curso. Outro trote solidário é organizado pela Cria UFMG Jr., empresa formada por alunos do curso de Comunicação Social. De 9 a 13 março, eles movimentarão o prédio da Fafich com várias atividades, como um bingo humano, em que o calouro é obrigado a identificar figuras carimbadas do curso; doação de alimentos e doação de material escolar. Desde 2004, a Cria realiza o trote solidário. A inicitiva tem como objetivo facilitar a interação dos calouros com o curso, levando-os a conhecer sua estrutura, alunos e a própria empresa júnior,
através de atividades lúdicas.