Andifes propõe comitê para discutir modelo que substitui o vestibular

A reunião para discussão sobre o novo modelo de acesso às universidades federais foi concluída hoje, dia 7, pelo Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília. O reitor da UFMG Ronaldo Tadêu Pena e os demais reitores presentes começaram a se posicionar sobre a proposta. O grupo se comprometeu a levar as informações e discussões do encontro para apreciação de suas comunidades universitárias.

O presidente da Andifes, reitor Amaro Lins (UFPE), requisitou que cada regional e o Fórum de pró-reitores de Graduação (Forgrad) indiquem seus representantes, para compor um comitê de governança que deverá acompanhar o processo de estruturação do novo processo seletivo.

Imediatamente após a definição dos integrantes do comitê, Amaro Lins pretende promover uma reunião com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O objetivo é já definir, na ocasião, as atribuições do comitê e um cronograma de atividades.

A direção da Andifes também sugeriu a realização de um seminário para reunir as experiências e discussões das universidades e contar com representações diversas interessadas no tema. Frente à pluralidade de opiniões sobre o assunto, outra reunião do Conselho Pleno deve ser marcada para o final do mês de abril, depois que as universidades já tiverem iniciado as discussões em seus conselhos.

Debate
A reunião extraordinária teve início ontem, quando os 55 reitores de Universidades Federais conversaram com o ministro da Educação Fernando Haddad, com a secretária Maria Paula Dallari (SESu/MEC) e com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Reynaldo Fernandes, convidados para o encontro.

Na ocasião, durante o debate sobre as mudanças no vestibular, o ministro Fernando Haddad explicou que na nova forma de seleção os candidatos farão a prova do Enem e depois o Inep disponibilizará as notas. De posse delas, o estudante encaminha, online, sua pontuação para o curso e universidade desejados, sendo que o número de opções deve ser cinco.

Para o ministro, o processo seletivo originaria uma maior mobilidade dos estudantes. Alguns reitores levantaram preocupações como a segurança do processo seletivo e o respeito às questões regionais, que tradicionalmente são levadas em conta no atual modelo de processo seletivo. O MEC se comprometeu a enviar à Andifes, amanhã, dia 8, uma nota técnica com esse tipo de esclarecimento.

Orçamento
Além do acesso às universidades federais, outras pautas compuseram a reunião do Conselho Pleno. Os reitores trataram de questões relativas ao orçamento dos hospitais universitários e aprovaram um convênio da Andifes com o Banco Santander, que concederá 320 bolsas de mobilidade estudantil, a serem distribuídas entre estudantes da rede federal.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Andifes)