O número de pesquisas científicas realizadas no Brasil aumentou mais de 50% de 2007 para 2008. Com o crescimento, o país alcançou, no ano passado, a 13ª posição na classificação mundial em produção científica, ultrapassando a Rússia e a Holanda. Em 2007, a pesquisa brasileira publicou 19.436 artigos, número que subiu para 30.451 em 2008. A classificação mundial é liderada por Estados Unidos, China e Alemanha. Com o aumento da sua produção científica, o Brasil passa a contribuir com 2,12% dos artigos de todos os 183 países. O desempenho alcançado pelo Brasil é mérito das universidades e centros de pesquisa que atuam na pós-graduação universitária, onde a maioria das pesquisas do país são realizadas. Na UFMG, as publicações indexadas pularam de 1.598 em 2006 para 1.761 em 2008. O pró-reitor adjunto de pesquisa Ruben Dario acredita que um dos fatores que contribuiu para o crescimento foi a consolidação e ampliação dos grupos de pesquisa da UFMG credenciados no CNPq. Em 2007, eles eram 650. Um ano depois, o número de grupos subiu para 732. Segundo Ruben Dario, outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da pesquisa foi a sustentabilidade das políticas públicas de financiamento. “Tanto o Governo Federal como o Governo Estadual tem investido na pesquisa e hoje não faltam recursos”, diz o pró-reitor adjunto, enfatizando o protagonismo assumido pela Fapemig a partir de 2006. Segundo ele, o apoio das agências no fomento à pesquisa nos últimos anos pode ser observado através do aumento da concessão de bolsas de estudo. “Os investimentos permitiram à UFMG ampliar, não apenas o número de pesquisas, mas também a quantidade de patentes. Temos produzido uma média de 40 por ano”, anuncia Ruben Dario. Em 2007, a UFMG contabilizava 232 patentes. Atualmente, a Pró-Reitoria de Pesquisa (PrPq) registra 270. “O desempenho da pesquisa no país vai mostrando ao mundo a nossa vocação. As publicações internacionais já nos apontam, por exemplo, como potências no desenvolvimento de biotecnologias e de novas energias”, analisa o pró-reitor adjunto. Portal da Capes Desde que surgiu, o número de consultas ao Portal passou de 1.735.606 acessos às bases de texto completo e 1.287.545 às bases referenciais para 21.111.922 textos completos baixados e 39.591.556 pesquisas aos abstracts (resumos) oferecidos pelas bases referenciais, o que totaliza 60.703.478 acessos ao conteúdo assinado. Cresceu também o número de instituições que fazem pesquisas no Portal — de 72 em 2001 para 268 em 2009. Ruben Dario afirma que a iniciativa da Capes foi decisiva, central e fundamental, pois contribuiu para democratizar o conhecimento. Segundo ele, os pesquisadores passaram a ter acesso à informação com mais facilidade e precisão. A UFMG tem sido uma das maiores usuárias do Portal. Para estimular ainda mais o uso pela comunidade, a PrPq, juntamente com a Biblioteca Universitária, irá oferecer, em breve, um treinamento do uso do Portal voltado para estudantes da iniciação científica. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Capes)
Uma iniciativa que mudou o cenário da pesquisa brasileira foi o acesso livre ao conhecimento gerado mundialmente, oferecido pelo Portal de Periódicos da Capes. Iniciado em 2000, com 1,8 mil títulos, o Portal conta este ano com 13 mil periódicos e 126 bases de dados referenciais e seis bases dedicadas exclusivamente a patentes.