A partir desta semana, o Centro Cultural da UFMG vira espaço da mais nova atração do projeto Dança Nêgo. O produtor musical e percussionista Gil Amâncio e a bailarina Franciane de Paula vão ministrar a oficina Entre Alfazemas nos três próximos sábados, dias 9, 16 e 23 de maio. As vinte vagas são voltadas para artistas cênicos, bailarinos, atores, pesquisadores, professores e outros interessados. As aulas vão tratar, de forma prática e teórica, dos processos de composição e criação da dança negra contemporânea. A proposta corresponde ao estudo da dança e da criação cênica através da história corporal do indivíduo. A oficina acontece das 14h às 17h no Centro Cultural da UFMG, na avenida Santos Dumont, 174, Praça Rui Barbosa. As inscrições podem ser feitas no mesmo local, a um custo de R$50,00. Outras informações podem ser obtidas através do telefone (31) 3409-1090. O Dança Nêgo faz parte do projeto Artista Residente, em parceria com a Escola de Belas Artes da UFMG. Franciane de Paula Gil Amâncio Artista Residente
Franciane de Paula é bacharel em dança pela Universidade de Campinas, Unicamp, onde desenvolveu a pesquisa "Em águas abundantes: Um estudo sobre as diferentes escrituras do corpo cênico a partir das matrizes corporais das danças de Kaya”. Coordenou as oficinas Resgate da dança africana para o quilombo de Brotas, Iatiba/SP e Dança Corpo afro-brasileiro para o quilombo Capivari. É preparadora cultural e professora de dança do Grupo de Capoeira Dança e Percussão Kukina dia Jindanji e integrante da SeráQ. Cia de Dança
Gil Amâncio é produtor musical, percussionista, ator, pesquisador da cultura da criança e professor do Palácio das Artes. Foi um dos idealizadores do Festival de Arte Negra - FAN, compositor da trilha sonora do Filme “Uma Onda no Ar” e de espetáculos de dança e música. Fez a produção musical dos discos Manifesto 1º Passo e Tá Caindo Fulô das Meninas de Sinhá.
O objetivo do projeto Artista Residente é fazer circular os trabalhos cênicos e de pesquisa das Instituições de Ensino Superior, principalmente de Minas Gerais. São atividades formativas conjuntas com companhias e grupos artísticos. Em 2009, o artista Rui Moreira vem desenvolvendo ações relacionadas às linguagens da dança na arte contemporânea: espetáculos de dança, exibição de documentários e audiovisuais, palestras, oficinas de dança e música. A proposta de Rui Moreira é a ocupação do Centro Cultural, para criar um espaço de mobilização centrado na afrodescendência da população brasileira.