Marcelo Brant é autor do curta Buquê, que será lançado nesta terça-feira, dia 21, durante o 41º Festival de Inverno da UFMG. Frequentador do Festival desde os 15 anos de idade, o artista diamantinense já foi aluno, “oficineiro” e expositor no evento. Essa participação diversificada coloca-o como um observador especial da trajetória do evento ao longo dos anos. Nesta entrevista, cedida à assessoria de imprensa do Festival, Brant fala sobre a performance Buquê, a sua relação com o Festival e com Diamantina. Como define Buquê? Como descreveria a relação da obra com Diamantina e o seu vínculo pessoal com o Festival de Inverno da UFMG? O que o Festival aporta, em termos de novidade, para Diamantina e como a cidade interfere no evento? Leia também:
É uma performance: um cordão de seis noivas estilizadas que andam até a projeção do curta Buquê. O filme mostra o término de um relacionamento e um terceiro personagem, que cria um novo buquê, de rosas vermelhas, e se envolve com uma das partes desse casal esfacelado. O trabalho tem um foco diferente do que eu tenho feito até agora, com os estandartes. Ele é ligado a relacionamentos e à descontinuidade e seguimento das vidas das pessoas. A fila anda, o que é representado pelo surgimento de um terceiro personagem - a ideia de saber que sempre existem outras pessoas e possibilidades.
O curta se passa em Diamantina, a cidade é retratada o tempo todo, passa pelas pessoas, pelos lugares e pela história. Além disso, os personagens são amigos meus, moradores da cidade. Então, o curta, de certa forma, produz um espelho de Diamantina. Participo do Festival de Inverno da UFMG há 28 anos, desde que tinha 15 anos de idade: primeiro como aluno, depois como oficineiro e depois expondo. Ou seja, já participei do Festival em outras cidades também, como nas edições de Belo Horizonte e Ouro Preto. Cresci vendo o Festival da UFMG.
Só de ser uma forma de promoção da cultura já é uma atividade bem vinda. Diamantina é uma cidade ideal para esse tipo de evento, um espaço riquíssimo em cultura e história. O Festival casa com a cidade. Há uma troca entre a produção artística local e a reflexão sobre a arte que parte do Festival. A cultura se movimenta e ganha contornos mais ativos.
Cordão de noivas desfila pelas ruas de Diamantina nesta noite