A Escola de Música da UFMG, apresenta nesta quarta-feira, dia 30 de setembro, a música de câmara executada pelo Oficina Música Viva – Grupo Instrumental, da Fundação de Educação Artística (FEA). O concerto acontece às 18h30, no auditório Fernando de Mello Vianna da Unidade (avenida Antônio Carlos, 6627, campus Pampulha). O grupo apresentará obras dos compositores H.J. Koellreutter, Silvio Ferraz, Sergio Freire, Felipe Amorim, Oiliam Lanna e César Guerra-Peixe. Antes, às 17h40, os professores Rubner de Abreu e Cecília Nazaré farão palestra sobre o tema Considerações sobre o Noneto de Guerra-Peixe. A entrada é franca. O Noneto, para flauta, clarinete, fagote, trompete, trombone, piano, violino, viola e violoncelo – última obra do programa –, foi composto em fevereiro de 1945. Em três movimentos – Allegro, Lento e Vivace –, é uma das mais importantes composições da fase dodecafônica do compositor Guerra-Peixe. A música foi executada em primeira audição, em 1948, na Rádio de Zurique, na Suíça, sob regência do alemão Hermann Scherchen, que se interessou muito pela obra, interpretando-a outras vezes na Europa. Em 1949, foi reapresentada sob a direção de J. J. Koellreutter, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e em Darmstadt, na Alemanha. Em Belo Horizonte, será a primeira audição da peça, após mais de 60 anos de sua estréia. O grupo O grupo já fez estreias de obras significativas do repertório dos séculos 20 e 21 de autores consagrados do repertório internacional, da música latino-americana e da brasileira. Entre os compositores já executados, destacam-se o austríaco Arnold Schoenberg, o italiano Luciano Berio, o grego Yannis Xenakis, o japonês Toru Takemitsu, o português João Pedro Oliveira, os argentinos Eduardo Bertola e Dante Grela, o mexicano Mário Lavista, os brasileiros Almeida Prado, Guerra-Peixe, Eunice Katunda, Koellreutter, Jorge Antunes, Silvio Ferraz, além dos mineiros Rogério Vasconcelos, Gilberto Carvalho, Guilherme Nascimento, Oiliam Lanna, Eduardo Campolina e Sérgio Rodrigo Lacerda. Os integrantes do grupo são, em sua maioria, professores da Fundação de Educação Artística e da Escola de Música da UFMG. (Com setor de divulgação da Escola de Música da UFMG)
O Oficina Música Viva – Grupo Instrumental iniciou suas atividades em março de 2006 como ampliação das áreas Criação e Difusão de Música Contemporânea da FEA. Formado por instrumentistas, regentes e compositores de Belo Horizonte, é voltado para a produção e divulgação de música contemporânea, especialmente a brasileira. O nome é uma homenagem ao movimento Música Viva, idealizado por Koellreutter e que reuniu compositores dos anos 40 e 50 no Rio de Janeiro, com grande repercussão e consequências importantes para a música brasileira no século 20.