O Marco de Ação de Belém, documento que sintetiza as discussões dos quatro dias da 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confintea), foi apresentado nesta sexta-feira, dia 4, na capital paraense, e reconhece a importância de reforçar políticas públicas na área, a necessidade de se aumentar o financiamento e de estreitar as parcerias entre governos e sociedade civil. “Foi difícil chegar ao consenso. Mas todos os participantes consideram o texto representativo do que podemos avançar como colegiado num passo a mais na educação de qualidade para jovens e adultos”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a cerimônia de encerramento. A fim de melhorar as políticas educacionais para a faixa etária, o ministro sugeriu que a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) trabalhe para divulgar experiências exitosas. “A Unesco deve disseminar boas práticas para que as metas de Dacar sejam alcançadas por todos”, disse. Quanto ao financiamento da educação, o ministro ainda defendeu a criação de fundos internacionais de combate ao analfabetismo. “O Brasil tem reiterado em vários encontros sua posição pela troca de dívidas por medidas de educação. O cumprimento de metas internacionais de educação deveria ser considerado por países credores”, afirmou. América Latina De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, todos os países da América Latina incorporaram a agenda da educação de jovens e adultos em suas políticas públicas. “Equador, Bolívia e Venezuela estão enfrentando fortemente o analfabetismo. O Uruguai reconheceu até mesmo a educação não formal e o México tem fortes programas no setor”, exemplificou. Já o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, disse que o Brasil foi o país que teve maior destaque na formulação de políticas para esta faixa etária. “O Brasil deu passos muito importantes ao tornar-se o país que mais institucionalizou políticas no setor”, disse. (Do Portal do MEC)
A América Latina foi a região que apresentou mais avanços significativos na formulação e implantação de políticas de educação de jovens e adultos, de acordo com dados do primeiro relatório global sobre aprendizado e educação de adultos, apresentado na conferência.