Universidade Federal de Minas Gerais

Demência atinge mais cedo os latino-americanos, segundo pesquisa com participação da UFMG

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009, às 18h52

Pesquisa multicêntrica internacional sobre demências em idosos, que teve participação do neurologista Paulo Caramelli, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, concluiu que a demência é mais precoce entre latino-americanos do que em europeus. O trabalho Prevalence of dementia in Latin America: a collaborative study of population-based cohorts foi desenvolvido em parceria por instituições de Chile, Cuba, Peru, Uruguai, Venezuela e Brasil (UFMG, USP e Unesp).

Há pouca informação a respeito de demência em nações em desenvolvimento, e os pesquisadores decidiram integrar os dados disponíveis, especificamente sobre a frequência de demência no continente. Foram utilizados dados obtidos por estudos populacionais, considerando idade, gênero e escolaridade.
Segundo Caramelli, os índices da demência observados entre europeus e latinos com idade igual ou superior a 65 anos são, no geral, semelhantes. Porém, faixa etária inicial desse grupo (entre 65 e 69 anos), a ocorrência foi duas vezes maior na América Latina.

O que preocupa
O estudo mostra também que a demência atinge 2,65% das mulheres latinas enquanto este índice em europeias é de apenas 1%. Entre os homens, a estatística é de 2,27% para latinos e 1,6% entre europeus.
Para os pesquisadores, considerando que nosso país tem a expectativa média de vida por volta dos 72 anos de idade, esses índices de demência precoce em idosos são preocupantes.

O desnível de escolaridade média entre a população dos dois continentes é uma das hipóteses que poderia explicar as diferenças de manifestação da demência. O cérebro de pessoas com maior escolaridade desenvolveria mais conexões entre neurônios (sinapses), melhorando suas “transmissões”. Assim, também melhoraria o fluxo das informações transmitidas. Este “desenvolvimento” do cérebro pode prevenir problemas de degeneração mental.

Um estudo anterior, realizado em sete cidades da América Latina, a partir de avaliações de casos de doenças degenerativas do cérebro em idosos, concluiu que doenças crônicas e problemas cognitivos, inclusive a demência, estavam relacionados às condições socioeconômicas dos pacientes. Esta é outra explicação possível para as diferenças, encontradas no estudo atual, entre latinos e europeus.

Sobre a doença
A demência, atualmente, é um dos maiores problemas de saúde pública da América Latina. Nos últimos anos, sua incidência foi intensificada pelo rápido crescimento demográfico dos países, que não foi acompanhado por melhorias na qualidade de vida e nos níveis de educação.

Os principais sintomas da demência são perda de memória, problemas motores, de linguagem e desorientação no tempo e no espaço. Suas principais causas são a doença de Alzheimer e a doença vascular cerebral (demência vascular). Esta última é usualmente causada por hipertensão arterial e por outras condições de risco vascular não controladas (como diabetes e colesterol elevado). Segundo o professor Paulo Caramelli, essas doenças, que são tratáveis, podem explicar parte das altas taxas de demência precoce em idosos.

(Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG)

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