Explicar como a medicina lidou, ao longo de sua história, com a pressão de prever o futuro clínico dos pacientes e como a genética pode ser utilizada para calcular probabilidades futuras de desenvolvimento de doenças comuns como diabetes, asma e obesidade, é o tema de artigo publicado recentemente por Sérgio Danilo Pena. Médico geneticista e professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG, Pena debate a questão da predição na área, de modo bastante didático, e tendo como mote a tendência das pessoas a buscar por previsões sobre temas diversos, a cada ano que se inicia. Especialista em genética humana, especialmente diversidade genômica e evolução humana, o pesquisador publicou o texto na coluna Deriva Genética do site Instituto Ciência Hoje. A coluna, que existe desde fevereiro de 2006, comenta as principais descobertas no campo da genética, buscando uma abordagem próxima ao cotidiano das pessoas. Leia trecho do artigo: O começo do ano estimula o jogo de previsões. Uma pesquisa no Google com o tópico "previsões para 2010" trouxe 948.000 resultados e o equivalente em inglês ("predictions for 2010") produziu nada menos que 17.200.000 páginas de internet! É interessante que ninguém se dê ao trabalho de voltar a 1º de janeiro de 2009 para ver se as predições de então realmente ocorreram. Se isso fosse feito, desbancaríamos muitos daqueles que vivem da credulidade do público. Escapariam apenas aqueles capazes de expressar suas visões em linguagem tão inespecífica – um atributo dos horóscopos – que elas se encaixam em qualquer coisa que venha a acontecer. O texto completo pode ser acessado aqui.