Equipe ligada ao Laboratório de Arquitetura Pública da Escola de Arquitetura da UFMG apresenta hoje, às 19h, em audiência pública na Câmara de Vereadores de Barbacena, propostas para eliminar em 20 anos o déficit habitacional da cidade, que é de 2,8 mil moradias. A Universidade presta consultoria para elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social (Plhis), desenvolvido com recursos do Ministério das Cidades. Coordenado pela professora Maria Cristina Villefort Teixeira, o grupo é formado por professores, arquitetos recém-formados e alunos de graduação, e desenvolve o trabalho na forma de projeto de extensão. Depois de elaborar proposta metodológica, a equipe da UFMG concluiu o diagnóstico – que será apresentado esta noite – e deverá definir as estratégias de ação até o fim do mês. Além do corpo técnico da prefeitura, há a participação de um conselho de gestão e da população. “A ideia é criar estratégias de curto, médio e longo prazos, e nossa expectativa é que até 2029 Barbacena tenha seu déficit habitacional zerado. Calculamos que, no ritmo atual, o problema só estaria resolvido 30 anos depois”, afirma Maria Cristina Villefort. Ela explica que, para definir a necessidade de novas moradias, o plano considera casas em péssimas condições de construção ou em áreas de risco; onde viva mais de um núcleo familiar; habitadas por famílias com renda de até três salários mínimos que comprometam um terço dessa renda com aluguel; e com problemas de infraestrutura urbana. Em Varginha, a equipe da UFMG também já trabalha na elaboração das estratégias de ação. Com déficit estimado em cerca de 2,3 mil casas, a cidade enfrenta principalmente os problemas da coabitação, invasão de áreas públicas e regularização fundiária.