Os estudantes aprovados no primeiro vestibular para indígenas na UFMG visitam nesta quinta-feira, dia 8, às 9h30, o campus Saúde e às 14h30 o Espaço TIM UFMG do Conhecimento, inaugurado em março. As visitas fazem parte da programação da Semana do Calouro Indígena, que inclui uma série de visitas e encontros com o objetivo de recepcionar os estudantes. As atividades se estendem até a próxima sexta-feira, quando o grupo fará, às 9h, passeio pelo Complexo Arquitetônico da Pampulha, seguido de piquenique no Centro Esportivo Universitário (CEU). Às 14h, haverá encontro com representante da Funai, no sexto andar da Reitoria, no campus Pampulha. A Semana do Calouro Indígena foi iniciada na última segunda-feira, quando os estudantes foram recebidos no saguão da Reitoria fizeram o registro acadêmico e o cadastro na Fundação Mendes Pimentel (Fump). Na terça-feira, os estudantes foram saudados pelo reitor Clélio Campolina e pela vice-reitora Rocksane Norton. Em seguida, houve encontro com a pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Soares, e com diretores do Colégio Técnico (Coltec) e do colegiado dos cursos envolvidos. Os estudantes participaram também do Seminário do Curso Formação Intercultural Indígena, na Faculdade de Educação da UFMG. Na quarta-feira, o grupo visitou o campus Pampulha. Após as orientações acadêmicas da pró-reitora de Graduação, os estudantes se encontraram com professores da UFMG e antropólogos. Na primeira edição do vestibular para indígenas na UFMG, realizada em março, foram oferecidas 12 vagas para os cursos de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Ciências Biológicas e Ciências Sociais (em Belo Horizonte) e Agronomia (em Montes Claros). Dos dez indígenas que estudarão em Belo Horizonte, oito são de Minas Gerais, um é da Bahia e um do Espírito Santo, das etnias xakriabá, pataxó, tupiniquim, tuxá e krenak. Nivelamento Os estudantes indígenas também terão auxílio financeiro e moradia, oferecidos através de parcerias com a Funai e outros órgãos governamentais. Os seis cursos foram escolhidos depois de avaliação da comissão responsável pela seleção – liderada pela professora da Faculdade de Educação Ana Maria Gomes –, em conjunto com os comitês indígenas de Minas Gerais e estudantes indígenas que estão cursando a formação de professores na UFMG. Para garantir os recursos necessários para bolsas e outras despesas dos cursos, a UFMG assinou convênio com a Funai e com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação. A UFMG também criou uma Comissão de Acesso e Permanência Indígena, em parceria com a Funai, e cada um dos indígenas terá um professor tutor e acompanhamento com antropólogos. Após o término do curso, eles atuarão em suas comunidades, compromisso assumido no ato da inscrição na UFMG através da assinatura de documento. Os indígenas que estudarão em Montes Claros ficarão na Moradia Universitária e, em Belo Horizonte, o aluguel será coberto com recursos da Secad.
Todos os calouros vão passar este primeiro semestre em Belo Horizonte, onde participam de curso de preparação e nivelamento ministrado pelo Coltec. As aulas terão foco nas disciplinas básicas da área de graduação e na apresentação da estrutura da Universidade.