Um bate-papo sobre os quadrinhos no imaginário popular será uma das atividades de evento que vai comemorar, nesta segunda-feira, dia 12, na Faculdade de Letras (Fale), 71 anos da revista Gibi. A promoção é do Coletivo de Pesquisa em Quadrinhos (CPQ), formado por 20 alunos da UFMG. O debate terá a presença da professora Regina Peret Dell’Isola, da Fale, do graduando de Letras Amauri de Paula, que é também editor de quadrinhos, e do autor e professor Erick Azevedo. Eles vão conversar com os autores Chantal (jornal Estado de Minas), Fabiano Barroso (revista Graffiti) e Wellington Santos (revista Vulto). Na página eletrônica do CPQ haverá artigo preparado especialmente para a ocasião, apresentando as mudanças envolvidas na palavra gibi desde o seu surgimento como revista na década de 30 e os seus desdobramentos históricos. Com apoio do Núcleo de Estudos Canadenses (NEC) da Fale, será gravada parte do primeiro documentário sobre quadrinhos no Brasil, intitulado Memórias que não estão no gibi, com Fabiano Barroso, editor da premiada revista Graffiti 76% Quadrinhos. O filme será veiculado posteriormente na web sob licença creative commons. Durante todo o encontro, que terá início às 15h, na sala 3051C da Fale, quadrinistas, fãs e pesquisadores vão discutir o futuro dos quadrinhos na universidade, a política de acervo de quadrinhos e o projeto formação de uma gibiteca universitária. Em ato simbólico, autores dedicarão suas publicações para ao futuro acervo. A palavra gibi Adotada como sinônimo de revista em quadrinhos, a palavra gibi suplantou o termo banda desenhada (oriundo de Portugal e demais países de língua portuguesa), bem como os termos historieta e comics (utilizados na América hispânica). Outras informações com Amauri de Paula, pelos telefones (31) 3441-2315 e 9913-6099, ou pelo endereço pesquisa@quadrinho.com.
Segundo os organizadores do evento, a palavra gibi era originalmente sinônimo de “garoto” ou “negrinho”, e usada muitas vezes de modo pejorativo. Para concorrer com a revista Mirim, de Adolfo Aizen, o Grupo Globo lançou em 12 de abril de 1939 a revista Gibi, que estampava na capa um garoto negro e a palavra Pelé. A história dos quadrinhos no Brasil começava a trilhar seus próprios caminhos.