Ao realizar a conferência de abertura do XV Encontro Nacional sobre Didática e Práticas de Ensino (Endipe), no campus Pampulha, na noite desta terça-feira, 20, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que é obrigação do Estado a formação do professor, "por ser esta uma categoria estratégica para o país". O reitor Clélio Campolina lembrou que o tema do enconto - Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: políticas e práticas educacionais - reflete a consciência política da sociedade brasileira. Segundo ele, "o significativo não é negar a relação de contradições, mas encontrar solução para os desafios que se apresentam". A conferência do ministro foi precedida de apresentação da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG e de pronunciamentos do reitor Clélio Campolina, do diretor da Faculdade de Educação da UFMG, Orlando Gomes de Aguiar Júnior, do secretário adjunto de Educação de Belo Horizonte, Afonso Celso Renan Barbosa, que representou o prefeito Márcio Lacerda, e da professora Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben, uma das coordenadoras do XV Endipe. Também compuseram a mesa de abertura do evento a vice-reitora da UFMG, Rocksane de Carvalho Norton, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, além dos professores Murilo Cruz Leal (UFSJ), Célia Maria Fernandes Nunes (Ufop), Janete Gomes Paiva (Uemg) e Suely Dias (Uni-BH), representantes das instituições parceiras na realização do XV Endipe. Protagonismo Citou realizações em todas as áreas da educação, como a ampliação de vagas no ensino superior, a expansão das licenciaturas, a multiplicação dos recursos disponíveis para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o investimento na formação continuada de professores. “O atual governo tem a compreensão de que educação não é só programa social, é projeto político e desenvolvimento econômico”, afirmou o ministro. Professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, Haddad referiu-se à educação como “nossa área” e afirmou que ela incide sobre todos os setores da sociedade, como nenhuma outra variável. “Temos um protagonismo que precisa ser distinguido”, ressaltou. Haddad destacou que ao se pensar a educação não se pode atender apenas ao ciclo político, para não comprometer projetos de Estado, e destacou a importância do Endipe. Realizado a cada dois anos, esse encontro terá, na opinião de Haddad, importância crescente para “consolidar um patamar novo de debate que sirva de plataforma de lançamento para projetos mais ousados, a partir de uma visão de conjunto da educação e do momento que o país está vivendo”. Organizado em 28 subtemas, o encontro, que prossegue até 23 de abril, terá 90 simpósios, 600 painéis, 1.400 pôsteres e mais de cinco mil participantes de todo o Brasil e de outros países. Leia mais sobre o XV Endipe e veja a programação completa no site.
Ao abordar o tema Políticas públicas na área de educação, Haddad falou da dívida histórica que o Brasil tem para com seu sistema de ensino e afirmou que nos últimos oito anos houve “impulso decisivo para o resgate dessa dívida”.
Os cinco mil inscritos no XV Endipe assistem à apresentação da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG