Um relato da arquitetura das escolas públicas primárias de Belo Horizonte, projetadas ou construídas de acordo com as reformas educacionais mineiras. Esse é o tema da palestra do mestre em educação, Cláudio Lúcio Fonseca, baseada em sua dissertação de mestrado, e que será apresentada nesta terça-feira, dia 20, às 19h, no auditório do Centro de Cultura de Belo Horizonte (rua da Bahia, 1.149, Centro). O evento faz parte do projeto Novos Registros – Banco de Teses sobre BH e tem entrada gratuita. A dissertação Arquitetura das escolas públicas nas reformas educacionais mineiras (1892-1930) defendida na UFMG, em 2004, tem como foco as escolas projetadas ou construídas de acordo com as reformas educacionais implantadas no período de 1892, quando foi instituída a Reforma Afonso Pena, até 1930, último ano do governo de Antônio Carlos, quando instituiu-se a Reforma Francisco Campos. Continuidades Após a apresentação do estudo, haverá debate com os participantes. A dissertação pode ser consultada no Banco Digital de Teses e Dissertações da UFMG e também do Arquivo Público de BH, no endereço rua Itambé, 227, Floresta. A promoção do evento Novos Registros é da Fundação Municipal de Cultura e do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Informações adicionais pelo telefone: (31) 3277-4665.
A pesquisa de Cláudio Lúcio Fonseca foi baseada em plantas arquitetônicas, fotografias, documentos oficiais e documentos das próprias escolas, além de notícias de jornais. Como relata o autor, o trabalho “analisa, identifica e caracteriza as escolas enquanto lugares, bem como as representações políticas, sociais e ideológicas codificadas através da sua arquitetura. Comparando as escolas construídas no governo de Antônio Carlos com as construídas nos governos anteriores, a dissertação estuda as primeiras enquanto memória construída e preservada, e também como instrumentos de propaganda daquele governo na área da educação”.
Fonseca explica que, arquitetonicamente, houve mais continuidades que rupturas no período analisado pelo seu estudo. A principal ruptura se deu nas fachadas. Já a continuidade “se observa nas plantas, as quais, a despeito das inovações pedagógicas acontecidas, mantiveram basicamente os mesmos traços das plantas criadas em 1910”, analisa.