Universidade Federal de Minas Gerais

Projeto que integra graduações e pós da Ciência da Informação cria sistema que reúne dados de museus

quarta-feira, 14 de setembro de 2011, às 7h08

Museus, patrimônio cultural, sistemas de informação, bancos de dados. Esses conceitos são objetos de estudo na mesma unidade, a Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG. Em tempos que exigem novas estratégias de organização de dados e de divulgação de objetos e espaços (físicos e virtuais) de museus e outras instituições que lidam com memória e patrimônio, por que não integrar conhecimentos em um projeto conjunto?

Foi o que fizeram professores e alunos de três disciplinas de dois cursos de graduação sediados na Escola: Fundamentos da Ciência da Informação, Patrimônio Cultural no Mundo Moderno e Contemporâneo (ambas do curso de Museologia) e Introdução a Banco de Dados (de Biblioteconomia). Com a participação de três bolsistas de mestrado e doutorado em Ciência da Informação, eles uniram teorias e práticas para demonstrar possibilidades de interação e reflexão conjunta, além de elaborar sistema de informação que pode subsidiar demandas específicas de espaços museais.

“Foram feitos levantamentos a partir do conceito clássico de objetos e patrimônio, e esse material foi organizado segundo as ideias de sistemas de informações e virtualização do objeto”, explica a professora Renata Baracho, da disciplina Introdução a Banco de Dados, destacando a importância da união entre pesquisa e prática nas atividades dos alunos. “As turmas se viram envolvidas com a elaboração de estratégias de gerenciamento e disponibilização da informação, e a necessidade de criar vínculos de relacionamento entre profissionais das áreas diferentes”, completa Renata, que tem mestrado em Ciência da Computação e doutorado em Ciência da Informação.

Intranet
Divididos em grupos, e após a definição dos temas e museus a serem visitados – como o Casa Guignard e a Casa dos Bandeiristas, em Ouro Preto, e o projeto Memória do Judiciário de Minas Gerais –, os alunos de Museologia levantaram informações por meio de entrevistas, fotos, vídeos e documentos disponibilizados pelos museus ou de acesso livre pela internet.

Paralelamente, os alunos de biblioteconomia desenvolveram um bando de dados para organizar a informação coletada e torná-la disponível em uma intranet da Escola de Ciência da Informação (um servidor foi especialmente dedicado pelo Laboratório de Tecnologia da Informação para armazenar os trabalhos).

Todos os envolvidos no projeto podiam acompanhar as atividades dos diversos grupos em tempo real – e os bolsistas da pós-graduação eram chamados para realizar adequações nas diversas etapas. E foram eles também que elaboraram a tela inicial para agrupar os sistemas de informação criados pelos alunos da graduação. O modelo escolhido foi o Entidade-Relacionamento (criado por Peter Chen, em 1976). O diagrama elaborado na ferramenta Access 2003 permitiu a organização das informações sobre museu em cada grupo. O modelo apresenta os dados da seguinte forma: cada “obra” pode ser classificada a partir de um “tipo de trabalho”, e está localizada em um “lugar” de uma “cidade”.

Os alunos de Museologia e Biblioteconomia apresentaram seus trabalhos – que valeram notas para as respectivas disciplinas – num mesmo evento, no auditório da Escola.

Didática da integração
O projeto Atividades de Equipe Pedagógica 2011, da graduação em Museologia da ECI, teve como alguns de seus resultados abrir a perspectiva de produção de novos materiais de apoio às aulas e mostrar concretamente que é possível integrar cursos afins, mas até agora desenvolvidos de forma separada. Segundo os professores responsáveis pelo projeto, os cursos da unidade experimentaram uma nova forma didática, integrando museologia, ciência da informação e ciência da computação. “Alunos da museologia tiveram o primeiro contato com os sistemas de informação, e passaram a entender os bastidores do computador como ferramenta para recuperação de dados em tempo quase real”, destaca Renata Baracho.

A professora Cátia Barbosa, da disciplina Patrimônio Cultural no Mundo Moderno e Contemporâneo, chama a atenção para a possibilidade de “envolver mais os alunos”, utilizando a motivação criada pelas atividades de cada grupo inseridas constantemente no sistema. “Além disso, o projeto tem todas as condições de gerar desdobramentos como pesquisas mais avançadas e repercussão no mercado de trabalho, por meio, por exemplo, do envolvimento em políticas públicas”, afirma Cátia Barbosa, que é mestre em Educação e doutora em Museologia. Segundo as professoras – que contaram a parceria do professor Alessandro Costa, do curso de Arquivologia –, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a prefeitura de Congonhas (MG) e o setor de obras raras do Sistema de Bibliotecas da UFMG já manifestaram o interesse em aproveitar os conhecimentos gerados pelo projeto.

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