Sara Grunbaum |
O professor Sergio Costa Oliveira, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), é um dos sete brasileiros eleitos para a Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS). O anúncio foi feito durante a última reunião da entidade, na última semana, em Trieste, na Itália. Os novos membros tomam posse no próximo encontro, em setembro de 2012, na China. Os candidatos, indicados por cientistas de renome, devem ser pesquisadores residentes nos países em desenvolvimento, com atuação voltada para promoção da ciência que atenda a necessidades desses países, além de trabalhar para formação de pesquisadores. Os membros da TWAS participam de comissões que promovem ações destinadas a alavancar projetos científicos. “Passo a ter novas missões, de caráter mais global, mas basicamente continuo com as mesmas responsabilidades relacionadas à pesquisa e à promoção da ciência”, comenta Sergio Costa de Oliveira. Ele lembra que a participação de pesquisadores em uma organização como a TWAS contribui também para a internacionalização da UFMG. Sergio Danilo Pena e Ricardo Gazzinelli são outros nomes ligados ao ICB que integram a Academia. Vinculado ao Departamento de Bioquímica e Imunologia, Sergio Costa estuda bactérias intracelulares e imunidade inata, com foco em doenças que acometem animais e o homem, como a tubérculos e a brucelose. No total, a Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento elegeu 45 novos membros. Os outros brasileiros são Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ohara Augusto, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, Edgar Dutra Zanotto, professor da Universidade Federal de São Carlos, Hilário Alencar da Silva, professor da Universidade Federal de Alagoas, e Thaisa Storchi-Bergmann, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A TWAS foi fundada em 1983 e é organização internacional autônoma, cuja missão principal é promover a excelência científica para o desenvolvimento sustentável do Sul. A entidade é presidida pelo matemático brasileiro Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e conta com quase mil membros, 15% dos quais são associados e atuam em países desenvolvidos.