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A UFMG oferece, atualmente, em seu vestibular, pouco mais de 4.600 vagas, que são disputadas por cerca de 65 mil candidatos. O perfil de concorrência pode ser sintetizado como a seguir. Cerca de 55% são egressos do ensino médio público e não chega a 1/4 a fração dos que fizeram o curso médio à noite. A metade deles pertence a famílias com renda familiar de até 5 salários mínimos (SM), enquanto apenas 5% informam renda familiar superior a 20 SM. Cerca de 1/3 deles trabalham, apenas 15% são filhos de pais que, ambos, concluíram o ensino superior, quase 60% são mulheres e mais de 90% são residentes em Minas Gerais. A proporção que se declara preta ou parda cresce a cada ano e já se aproxima de 40%, se computados apenas os candidatos que informaram sua cor, o que foi feito por cerca de 95% deles.
A comparação do perfil dos candidatos com o daqueles que lograram aprovação no concurso vestibular indica a seletividade social desse certame. Entre esses últimos, a proporção dos que estudaram em escolas públicas do ensino médio está na faixa de 36%, portanto quase 2/3 dos aprovados são egressos do sistema privado de ensino, caracterizando uma forte diferença em relação ao conjunto dos candidatos, e os que estudaram à noite no ensino médio não chegam a 10%. Pouco mais de 1/4 provêm de famílias com renda de até 5 SM e entre 15% e 20% informam renda familiar superior a 20 SM. A proporção dos que trabalham é inferior a 1/4, quase 1/3 são filhos de pais que, ambos, concluíram o ensino superior e a proporção de mulheres é inferior a 50% do universo. Também aqui os que se declaram pretos ou pardos aumentam a cada ano, proporção que já atinge a 30%, ainda inferior à observada entre os concorrentes.
A comparação dos estudantes aprovados para os cursos diurnos e noturnos revela os estratos sociais diferentes que compõem o alunado da UFMG, conforme o turno do ensino, o que se apresenta a seguir. O percentual dos que estudaram em escola pública do ensino médio é, no diurno, de33%, e, no noturno, de 55%. Filhos de família com renda de até 5 SM: diurno, 25%, noturno, mais de 40%. Aqueles que trabalham: diurno, cerca de 18%, noturno, mais de 50%. A fração dos que se declaram negros é, no diurno, cerca de 1/4, e no noturno, mais de 1/3. Esse cenário de diferenças é verificado mesmo quando o curso é de elevado prestígio social. Os exemplos mais expressivos são os cursos de Engenharia Mecânica e de Ciências Biológicas, mas as mesmas diferenças, embora um pouco menos acentuadas, são também observadas nos cursos de Administração e Direito.
As informações mencionadas nos parágrafos anteriores, associadas a outras considerações, levaram o Conselho Universitário a definir, em 2003, a expansão noturna como a alternativa prioritária da UFMG, no que se refere à inclusão social. Entretanto, resta muito por fazer nesse campo, já que as vagas ofertadas à noite ainda estão num patamar de pouco mais de 21%. As dificuldades para se praticar a política definida pelo Conselho Universitário em 2003 são tanto de natureza objetiva quanto subjetiva, mas as do primeiro tipo contribuem de modo bem mais acentuado que as do segundo. Viveu-se um período com redução de pessoal, docente, técnico e administrativo; houve anos com orçamento insuficiente até mesmo para a manutenção rotineira, o que causava preocupação em relação a quaisquer medidas relativas à expansão, especialmente no ensino noturno, que implica, em alguns itens, como o da iluminação, com custos maiores.
Não se pode desconhecer que também contribuiu para isto a natural resistência de professores e funcionários para trabalharem no período da noite. Mas, esse aspecto é secundário, e isso ficou provado na resposta que a UFMG está dando ao programa REUNI, com substancial crescimento das vagas no turno noturno.
A expansão à noite, entretanto, é insuficiente para enfrentar o problema da exclusão social. Em algumas áreas não é possível criar cursos à noite, sendo a Medicina a mais emblemática delas. No caso de alguns cursos destas áreas, tem se observado, na UFMG, a necessidade de um elevado desempenho para aprovação no concurso – às vezes superior a 80%. Muitos estudantes que estudaram todo o ensino básico na escola pública e que logram notas elevadas no vestibular para esses cursos acabam perdendo a vaga por pequena diferença de pontuação. Portanto, é preciso acrescentar à política de expansão à noite algum mecanismo de ação afirmativa, que torne mais justa a disputa do vestibular. Certamente, há limites para essa ação, porque é necessário um conhecimento mínimo para que o jovem possa prosseguir seus estudos na educação terciária. Mas há algo a ser feito nessa linha e a Administração Central da UFMG vai propor aos Conselhos Superiores ações nesse a partir de 2009. A princípio, o que se pretende é a adição, para os egressos da rede pública, ensino fundamental e médio, de pontos adicionais proporcionalmente ao seu desempenho nas provas.
Pretende-se alcançar as seguintes metas, com o programa proposto:
A – Em relação à primeira meta:
Ano | % vagas noite |
2009 | 25% |
2010 | 30% |
2011 | 33% |
B – Em relação à segunda meta:
Ações visando a que a implantação ocorra em uma única etapa, no ano de 2009.
C – Em relação à terceira meta:
A meta proposta é de admitir, pelo menos, um percentual de egressos da rede pública correspondente a 80% da proporção de inscritos dessa mesma rede. Ou seja, se a proporção de inscritos da rede pública for de 50%, pretende-se que, entre os aprovados, ela seja, no mínimo, 40%. E o alcance dessa meta de 80%, far-se-ia de acordo com o seguinte cronograma.
Ano | % de aprovados em relação à proporção de inscritos |
2009 | 70% |
2010 | 75% |
2011 | 80% |
Pretende-se alcançar as metas propostas com as duas ações já mencionadas: ampliação de vagas no turno da noite e adoção de mecanismo de ação afirmativa direcionado para os egressos da escola pública.
As etapas do processo já foram também mencionadas: ampliação das vagas do turno noturno, conforme cronograma já indicado anteriormente e adoção, no vestibular de 2009, de mecanismo de ação afirmativa destinado aos egressos do ensino público.
Os indicadores propostos para verificar o cumprimento das metas estabelecidas são os seguintes:
A assistência estudantil é entendida no âmbito da UFMG como um dos aspectos da política de democratização da universidade e está articulada em torno de um conjunto de ações que possibilitam ao estudante proveniente das classes economicamente menos favorecidas o acesso à universidade e a condições de permanência favorecedoras do bom desempenho acadêmico.
Na Universidade Federal de Minas Gerais, os programas de assistência estudantil são desenvolvidos por meio da Fundação Universitária Mendes Pimentel –FUMP, criada como uma associação em 1929, dois anos após o surgimento da então Universidade de Minas Gerais, pelo primeiro Reitor, Professor Francisco Mendes Pimentel. A FUMP organizou-se em quatro seções: de assistência médica, de assistência odontológica, de assistência jurídica e de pensões destinadas aos estudantes necessitados. Desde os primeiros tempos, a associação foi mantida pela solidariedade dos estudantes que incentivaram, em acordo com a Reitoria, a criação de uma “taxa de beneficência” paga no ato da matrícula (hoje denominada Contribuição ao Fundo de Bolsas), por fundos da própria Universidade, por doações, subvenções e restituições de financiamentos concedidos aos universitários. Ao longo da sua existência, a associação cresceu e se transformou na atual Fundação Universitária Mendes Pimentel. Reconhecida como entidade de utilidade pública e de fins filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social desde 1974, e pelo estatuto da UFMG (Seção II, Art.13, Inciso XXIV), a FUMP responsabiliza-se pela assistência aos estudantes de menor condição socioeconômica da inscrição no vestibular à conclusão do curso. Estudantes classificados pelo serviço social como de menor condição socioeconômica podem contar com a isenção da taxa de inscrição no vestibular, isenção de pagamento da Contribuição ao Fundo de Bolsas, preço reduzido nos restaurantes universitários, subsídio para pagamento da moradia universitária, bolsa creche, bolsa de manutenção, programas de inserção no mercado de trabalho, programas de acesso ao material didático, a livros e computadores, assistência à saúde física e mental, além de apoio aos projetos de intercâmbio nacionais e internacionais da universidade. Os interessados, regularmente matriculados na UFMG, podem se cadastrar pela Internet (www.fump.ufmg.br). Após preenchimento de questionário pessoal e sigiloso, os estudantes são avaliados conforme perfil socioeconômico e então solicitados a apresentar documentação que comprove a sua situação. Para cada nível de classificação há um conjunto de programas disponíveis.
Atualmente, a FUMP é responsável pela administração dos Restaurantes Universitários, que fornecem aproximadamente 4.000 refeições por dia, pela administração de dois complexos de moradia universitária, totalizando 614 moradores em Belo Horizonte e de uma moradia com 30 vagas no Campus Montes Claros, a ser substituída, proximamente, por um complexo com 112 vagas, já em construção. A FUMP conta ainda com serviços médico, odontológico e de saúde mental, envolvendo, também, uma rede credenciada de apoio.
Período: janeiro a setembro/2007
PROGRAMAS / BOLSAS | NÚMERO DE ALUNOS |
Bolsa Creche | 61 |
Bolsa Manutenção | 1.101 |
Amparo Financeiro | 7 |
Bolsa Festival de Inverno | 60 |
Preço Reduzido no restaurante universitário | 3.899 |
Isenção à Contribuição ao Fundo de Bolsas (1º semestre) | 4.528 |
Isenção da Contribuição ao Fundo de Bolsas (2º semestre) | 4.153 |
Fonte: Coordenadoria de Serviço Social – Fump
Período: janeiro a agosto/2007 | Estudantes |
Bolsa Socioeducacional | 60 |
Bolsa para Complementação Educacional | 580 |
Bolsa de Formação Profissional Complementar | 423 |
Apoio ao Pronoturno | 34 |
Inserção Social | 52 |
Monitoria | 17 |
Capacitação | 30 |
Utilização dos laboratórios de inclusão digital | 3112 |
Total | 3159 |
Fonte: Coordenadoria Socioeducacional -
MORADIAS UNIVERSITÁRIAS
UNIDADES | NÚMERO DE ALUNOS |
Belo Horizonte | 527 |
Montes Claros – NCA | 30 |
TOTAL | 557 |
.
BOLSA MORADIA | NÚMERO DE ALUNOS |
Belo Horizonte | 0 |
Montes Claros – NCA | 13 |
TOTAL | 13 |
Fonte:Moradias Universitárias BH / NCA – agosto/07
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Período: janeiro a agosto/2007
Programas | Estudantes | Atendimentos |
Saúde Física | 1.048 | 1.853 |
Saúde Bucal | 1.489 | 4.937 |
Saúde Psicológica | 509 | 1.585 |
Pesquisas sobre o perfil cultural e socioeconômico dos estudantes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), realizadas pelo Fonaprace, Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis, em dois períodos distintos, 1996-1997 e 2003-2004, demonstram diferentes demandas por assistência:
Considerando a ampliação do número atual de alunos matriculados nos cursos de graduação na UFMG decorrente da implantação do REUNI, impõe-se um cenário de aumento da demanda por assistência estudantil seja para os programas existentes, seja para eventuais programas novos que se fizerem necessários dados o montante e a natureza da nova composição discente.
Assim, o quadro futuro seria:
Atual | Futuro | |
Número de alunos UFMG | 23000 | 31000 |
Vagas em moradia | 614 | 830 |
Usuários de RU com preço reduzido | 3899 | 5036 |
Assistência à saúde | 3000 | 3875 |
Bolsas | 2000 | 2583 |
A ampliação dos programas existentes e implantação de novas políticas de inserção requer:
As estratégias devem, portanto, incluir:
Primeira etapa:
Segunda etapa:
Os indicadores devem fornecer informações não apenas sobre gastos com os programas e público assistido em números, com também possibilitar a análise comparativa entre estudantes assistidos pelos programas FUMP e estudantes não assistidos. Resumidamente poderiam ser avaliados:
Extensão universitária é uma ação política com compromisso deliberado de estabelecer vínculos estreitos com a sociedade. Essas ações têm por finalidade aprofundar as relações de democratização do saber científico, artístico e tecnológico, levando o conhecimento acadêmico para atender os anseios da comunidade, aprendendo com ela e produzindo novos conhecimentos. Nesse sentido, a Extensão se constrói com base em ações indutoras do desenvolvimento social nos diferentes âmbitos e espaços. Assume papel importante na luta contra a exclusão social, em suas diferentes facetas, e contra a degradação ambiental. Ela promove um permanente diálogo com a comunidade interna e conta com uma ampla participação dos diferentes órgãos que compõem a instituição universitária. Para isso, articula projetos, programas, cursos e eventos que promovem relações interdisciplinares e interprofissionais e articula o ensino e a pesquisa em oito áreas temáticas: comunicação, cultura, direitos humanos, educação, saúde, tecnologia, meio ambiente e trabalho.
O Fórum Nacional de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, do qual a Pró-Reitoria de Extensão da UFMG participa ativamente, delineou diretrizes gerais para as ações de extensão capazes de organizar o conjunto das atividades e a definição de seus rumos. São elas:
Para o desenvolvimento do seu trabalho, a PROEX possui o Programa de Bolsas de Extensão para apoiar o desenvolvimento de projetos de extensão das unidades, órgãos ou setores. Esse programa é apresentado à comunidade acadêmica por meio de edital anual e são proponentes os professores ou servidores técnico-administrativos em educação que fazem parte do quadro permanente da UFMG. Em 2006 foram concedidas 346 bolsas a alunos matriculados nos cursos regulares da UFMG, por um período de 10 meses. A seleção dos alunos-bolsistas é feita a partir de editais abertos pelos respectivos coordenadores dos programas e projetos. A UFMG concedeu, ainda, 78 bolsas denominadas institucionais, em 2006, vinculadas a atividades em seus espaços específicos de atividade de extensão: Museu de História Natural, Observatório da Serra Piedade, Estação Ecológica, Museu de Ciências Morfológicas, Rádio e TV UFMG. A PROEX, além dos recursos orçamentários, busca captar verbas para o desenvolvimento de outras ações de extensão a partir da participação em editais públicos. Em 2006, 849 alunos foram beneficiados com bolsas de extensão pela UFMG. Em 2007, esses programas de bolsas continuam em pleno funcionamento, assim como a captação de recursos por editais públicos.
Compondo o quadro de atuação da Extensão na UFMG, em 2006 foram computados 595 cursos de extensão oferecidos nas diferentes áreas e unidades da UFMG, os quais envolveram 28.819 concluintes. Foram ainda realizados 563 eventos com público estimado de 124.150 pessoas; 79 programas e 364 projetos não vinculados a eles envolvendo um público estimado de 2.496.144 pessoas. A prestação de serviços atingiu o montante de 588 atividades, com público estimado de 1.706.268 pessoas. No total o público beneficiado pelas ações de extensão foi superior a quatro milhões de pessoas.
Todas as ações de extensão são supervisionadas pela Pró-Reitoria de Extensão, coordenadas e gerenciadas pelos 21 Centros de Extensão -CENEX- vinculados às unidades acadêmicas da UFMG.
Com o propósito de delinear uma política de extensão de âmbito externo e interno, definindo princípios básicos, eixos de articulação, prioridades temáticas e formas ousadas de divulgação e disseminação dos conhecimentos científicos e tecnológicos de maneira a criar um vínculo estreito entre a UFMG e a sociedade, é fundamental:
As metas da extensão estão sempre vinculadas às questões emergentes que demandam a produção do conhecimento, a atuação direta nas comunidades e na sociedade de modo geral. Nesse contexto, a presença permanente da universidade em fóruns de debates sobre questões de cunho social, político, educativo e artístico torna-se fundamental oferecendo à sociedade o conhecimento que detém e se abrindo a novas oportunidades de produção de conhecimento a partir de novas interações.
Entendemos a extensão como um processo dinâmico em constante movimento e transformação. Para a consecução das metas, torna-se impossível elaborar um cronograma de ações, visto que pelas próprias diretrizes da extensão percebe-se que ela não se esgota em atos, mas cria sempre novas possibilidades de atuação.
As ações que levam ao alcance dessas metas acontecem permanentemente numa dinâmica contínua de articulação, organização, ação e reflexão.
As estratégias para o alcance das metas estão organizadas em dois níveis – a construção de uma política externa e de uma política interna de Extensão, exigindo atuação em duas esferas:
Conforme justificação acima, NÃO SE APLICA.
A UFMG já, por alguns anos, vem registrando sistematicamente a sua produção com a criação do SIEX – Sistema de Informação da Extensão, inicialmente para uso local e, posteriormente, aberto para uso das demais instituições de Ensino Superior do País com o SIEXBrasil. Esse sistema precisa ser modernizado e racionalizado conforme as demandas atuais de conferir maior visibilidade ao que tem sido realizado. Atualmente a discussão sobre os indicadores de extensão constitui-se como pauta nacional do Fórum Nacional de Pro Reitores das Instituições Públicas Brasileiras, na perspectiva de se criar o censo da extensão universitária.
Esses indicadores distribuem a produção da Extensão, como já apresentado anteriormente, em programas, projetos não vinculados a programas, cursos, eventos e prestação de serviços. As tabelas dos números da UFMG informam detalhadamente essa produção a partir dos registros do SIEX.
Os indicadores da extensão estão sendo sistematizados com base nos seguintes critérios:
Produção Tecnológica, Inovação, Proteção Intelectual e Empreendedorismo
Nesta área, a UFMG tem atuado de maneira destacada, principalmente a partir da criação da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CT&IT), estrutura ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa. Entendemos que dada a importância contemporânea das questões ligadas à gestão do conhecimento e do compromisso da UFMG com o desenvolvimento científico e tecnológico do País, as atividades ligadas à inovação e transferência de tecnologia são indispensáveis aos esforços garantidores do desenvolvimento e da sustentabilidade da soberania nacional. O dinamismo da gestão da inovação na UFMG é conseqüência direta da ação dos programas de pós-graduação, da excelência da pesquisa realizada e da definição de normas e diretrizes em relação à proteção da utilização da produção científica da Instituição. Em conseqüência, verifica-se aumento expressivo do número de pedidos de patentes depositados, no Brasil e no exterior, além da assinatura de contratos de transferência de tecnologia para o setor produtivo, contribuindo para destacar a UFMG entre as instituições públicas de educação superior do País. Usualmente, a transferência de tecnologia da Universidade para o setor privado tem se dado através de dois mecanismos: (i)contratos de licenciamento de tecnologias firmados entre a Universidade e a indústria, e/ou (ii) formação e desenvolvimento pela comunidade acadêmica de empresas nascentes inovadoras, cada um dos quais envolvendo desafios específicos. Na área da proteção intelectual e patentes, a partir de 1996, a UFMG passou a adotar políticas de indução de patentes, estimulando seus pesquisadores a identificar, nos resultados de seu trabalho, produtos e processos patenteáveis. Em conseqüência, a UFMG tornou-se uma das universidades brasileiras que mais patenteou sua produção científica na última década, tendo sido concedidas seis patentes nacionais e onze internacionais. Atualmente há 212 pedidos de depósitos de patentes nacionais junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, 71 depósitos internacionais submetidos ao processo PCT (Patent Cooperation Trade) e multinacionais.
As patentes da UFMG possuem a seguinte distribuição por áreas industriais: 51% em biotecnologia, 21% química e materiais, 17% engenharia biomecânica, 11% engenharia elétrica-eletrônica, dispositivos e novas energias. Além das patentes, a UFMG possui 32 marcas registradas e 10 registros de software.
A UFMG está entre as instituições brasileiras de ensino superior que lideram as transferências de tecnologia para o setor privado, contando com 15 contratos de transferência de tecnologia, a maioria referente à área de biotecnologia. O maior contrato de transferência de tecnologia realizado pela UFMG com o laboratório BIOLAB SANUS, envolve nanobiotecnologia. Trata-se de uma nova formulação para um medicamento contra hipertensão, enfermidade que acomete 20% da população brasileira. Outro contrato de licenciamento de tecnologia para o Consórcio de Indústrias Farmacêuticas da São Paulo (COINFAR) foi o de formulações de peptídeos endógenos, que tem atividades múltiplas na área cardiovascular, encontra-se em fase inicial os testes clínicos em humanos. Esse processo permitiu o fortalecimento dos laboratórios de pesquisa geradores dessa tecnologia nos departamentos de Fisiologia e Biofísica e de Química da UFMG e a criação do LABFAR (Laboratório de Desenvolvimento Bio-farmacêutico da UFMG). Conta ainda com transferência de know-how de laboratórios da Faculdade de Farmácia e do Depto de Bioquímica do ICB.
Entre os grandes destaques das tecnologias na área de biotecnologia da UFMG é na área de leishmania, uma doença que é endêmica no Estado de Minas Gerais e ainda em algumas outras regiões do Brasil, como o Norte e o Nordeste. A UFMG possui tecnologias relacionadas a toda a cadeia dessa doença, o que inclui métodos de diagnóstico, vacinas e métodos terapêuticos, sejam intravenosos ou orais – esses últimos inovadores e competitivos a nível nacional e internacional.
Entretanto, há muito por fazer e, entre as tarefas urgentes, encontra-se o esforço visando à redução do desequilíbrio entre a produção científico-tecnológica brasileira- 1,8% da ciência mundial – e a geração nacional de patentes – apenas 0,1% da tecnologia mundial. Esta disparidade denota tanto a dificuldade do setor produtivo em utilizar os conhecimentos gerados pela infra-estrutura científica, quanto a das próprias instituições de pesquisa em comercializar os resultados de suas investigações.
Em vista deste quadro, é necessário estabelecer metas capazes de, mantida a identidade própria das instituições universitárias do porte da UFMG, favorecer uma maior dinamização das atividades ligadas ao campo da inovação e transferência de tecnologia.
9 comentários
gabriela
8/03/2008 às 11h26
1Quando vai sair a inscrição para taxa de insenção do vestibular 2009?
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Prezada Gabriela,
Na verdade, não existe uma “taxa de isenção”. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) oferece, anualmente, o programa de isenção da taxa de inscrição do vestibular. Este ano, as inscrições se darão entre 28 de abril a 18 de maio. O período de inscrições será divulgado e caso você tenha acesso regular à internet, recomendo que acompanhe a divulgação das informações sobre o vestibular 2009 pelo site da Universidade (www.ufmg.br).
Atenciosamente,
Marcílio Lana
Moderador do site
Barbara
19/03/2008 às 23h47
2Tenho lido bastante a respeito do que se diz inclusão social e ampliação de vagas nas universidades publicas. Fica um vazio no ar quando procuro entender como fica a situação de vários estudantes que não estão contemplados em nenhuma codição financeira do projeto, ou seja, o aluno de classe média baixa e que os pais SACRIFICAM para dar o melhor em educação considerando o sonho e a dedicação do mesmo com os estudos: o aluno que estuda em escola privada, mas através de bolsa integral, o aluno que estudava em escola privada e o pai ou a mãe ficou desempregado e ele foi para a escola publica no ensino médio ou uma situação contrária. Enfim, de qualquer maneira, fica difícil contemplar a todos e acaba por estar discriminando uma outra classe social. No meu ver deveria ter os mesmos direitos no vestibular tanto o aluno de escola pública como de escola particular. Apenas sugiro que seja criado um curso paralelo ao terceiro ano do ensino médio como no passado existia o curso de admissão para a quinta serie com professores de alta qualidade e pagos pelo poder publico com reserva financeira dos impostos pagos pela sociedade.
Uma outra situação que vale ser comentada e debatida é que os alunos que vem de outras localidades vão gerar ainda custos de sobrevivência e quando se formarem dificilmente voltam as suas origens para atender profissionalmente sua região , ficando nas grandes cidades onde acostumaram com a vida ao longo da graduação e criaram laços , contrariando assim um discurso feito pelo presidente em 2006 que investiria nas universidades de todos os estados para segurar seus moradores para que a região não ficasse carente do profissional graduado .
É preciso tambem criar um psicotécnico muito sério para avaliar os vestibulandos de cursos da area de saúde, pois não é nada raro ouvir sobre a péssima qualidade dos profissionais no atendimento público e até mesmo nos hospitais particulares onde algumas ocorrem erros que comprometem a vida do paciente.Tanto é verdade que muitos médicos, dentistas, enfermeiros têm seguido seus estudos fazendo faculdade de direito para aprender a se proteger nos falados erros de atendimento médico.
Como disse um médico palestrante da feira [Mostra] de profissões da UFMG 2007 para ser médico é preciso gostar de gente, seja negro, branco, rico, pobre, limpo ou sujo e somente um psicotécnico inteligente podería responder se o candidato esta realmente apto a se inscrever para o vestibular na área da saúde, basta mostrarem a eles uma bolsa de colostomia ou permanecerem em postos de saúde nas periferias das grandes cidades e um numero de candidatos sentirá desconfortavel com a situação. ´
O crescimento e expansão dos cursos são de grande importância, mas também de olho no mercado de trabalho e na aptidão do estudante com o curso , o investimento tem que ser muito grande nas areas da educação ( Letras , matematica , geografia , história ,ciencias biologicas …) pois somente através deste aprimoramento é que teremos profissionais habilitados e capazes de transformar a sociedade culturalmente.
Barbara
Hellen Caroline
22/03/2008 às 23h05
3Eu moro em São Gonçalo (Rio de Janeiro), estou cursando o terceiro ano do ensino médio, estudo em colégio particular, mas tenho muito interesse, além de necessidade de estudar na UFMG, porém sei que isso talvez seja um pouco complicado pelo fato de eu cursar em uma escola privada. Estou disposta a morar em Minas, se for o caso de eu passar. Quais são as minhas chances, e teria como eu receber maiores informações?
Hellen Caroline
Nota de esclarecimento
A Universidade estuda a possibilidade de adotar o bônus para estudantes de escola pública. A proposta, já aprovada pelos Conselhos Acadêmico e de Ensino Pesquisa e Extensão, ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Univeritário. Mais informações podem ser obtidas na matéria publicada no site de notícias da Universidade (leia no por meio do link http://www.ufmg.br/online/arquivos/008052.shtml).
Paulo César Figueiredo
9/04/2008 às 18h12
4Eu acho muito justo a adoção de medidas que viabilizem maior acesso de estudantes oriundos de escola pública à UFMG, principalmente no curso de Medicina. É alarmante saber que 228 das 320 vagas oferecidas para medicina em 2008 foram ocupadas somente por alunos vindos de colégios como o Elite e Bernouli. Assim, a concorrência é extremamente injusta com os demais alunos, principalmente das escolas públicas.
Paulo César Figueiredo
Mário
25/04/2008 às 9h24
5Também apoio a questão do psicotécnico para cursos da área de saúde, nos quais entram jovens de uma elite… e saem profissionais que irão atuar junto a parcela pobre da sociedade. … Como teremos bons médicos comprometidos com a rede pública de saúde se todos são de criação isolada em ilhas de riqueza onde o preconceito domina em relação as camadas baixas. São incapazes de criar a tolerância…visto qe compartilharam o mesmo meio daqueles que serão seus pacientes.
Mário
Jéssica Cristina
4/05/2008 às 22h28
6Se uma pessoa que não tem condição de pagar o cursinho da pré-UFMG e estudar sem o cursinho tem uma possibilidade de passar na prova do vestibular?
Jéssica Cristina
Nota de esclarecimento
Prezada Jéssica Cristina,
Em primeiro lugar, é necessário fazer um esclarecimento: o pré-vestibular em questão (Pré-UFMG) não é da Universidade e esta Universidade não tem nenhuma relação com ele, ainda que cursinho traga no nome a sigla “UFMG”. Quanto à sua dúvida, esta é uma questão subjetiva. Todos, independente de cursarem ou não cursos pré-vestibulares, têm condições de ingressar na Universidade.
Jéssica Cristina
6/05/2008 às 10h36
7Como eu faço para me inscrever para a prova do vestibular este ano (2008) e para a segunda etapa em 2009, e uma dúvida tem uma taxa específica todas provas ou varia de acordo com a profissão?
Jéssica Cristina
Nota de esclarecimento
Prezada Jéssica,
As inscrições para o vestibular 2008 da UFMG devem ser abertas em agosto deste ano, mas o edital que regula este calendário específico não foi publicado. A taxa é única e não existe a possibilidade de inscrição para a segunda etapa. O candidato deve se inscrever para o vestibular e se for aprovado na primeira etapa, automaticamente poderá fazer as provas da segunda etapa.
Fátima
5/01/2009 às 8h19
8Bom dia. Quero saber como faço p me inscrever no programa Reuni? Iniciei, uma faculdade virtual,tenho direito ao Reuni?Caso a resposta seja positiva ,indique por favor os passos que devo tomar para conseguir o Reuni. Grata pela atenção. Fique com Deus,tenha um feliz ano novo.
Fatima
Nota de esclarecimento
O Reuni não é um programa no qual as pessoas se inscrevem. Ele é o programa do governo federal de estímulo à ampliação e reestruturação das universidades federais. Para mais informações sobre o Reuni na UFMG consulte a edição da revista Diversa Vestibular por meio do endereço http://www.ufmg.br/diversa/15.
Juliana
6/01/2009 às 9h24
9Não ficou clara a questão das vagas…. 50% delas para os alunos que vieram de escola pública? E 10% na pontuação da primeira e 2ª etapa? os dois? Além disso, existe algo que restringe tais aspectos para quem tenha estudado em escola pública no ensino fundamental e médio, mas que já tenha um curso superior?
Obrigada,
Juliana
Nota de esclarecimento
Cara Juliana,
a UFMG não adotou uma política de cotas; adotou o bônus para os estudantes de escola pública. Sobre a questão do bônus, você pode obter mais informações na edição de 2008 da revista Diversa Vestibular, que também está disponível na internet por meio do endereço http://www.ufmg.br/diversa/15.
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